A dinâmica do mercado de carne bovina brasileira, no início deste mês, começou a mudar sensivelmente. Houve acréscimo de bovinos nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, alimentando as escalas dos frigoríficos de maior porte situados no mercado paulista. Com isso, os preços sofreram leve queda.
Além disso, os frigoríficos de maior porte ainda contam com contratos a termo, além de confinamentos próprios, o que ajuda a atender suas necessidades. De acordo com análise da empresa de consultoria em agronegócio Safras & Mercado, apesar dos estabelecimentos de menor porte ainda apresentarem escalas encurtadas essa situação pode mudar no curto prazo, uma vez que eles podem ser beneficiados do aumento de oferta em Goiás e no Mato Grosso do Sul no curto e no médio prazos.
De acordo com Safras, a oferta continua em excelente nível no norte do país. o caso do Acre, Pará e Rondônia. O grande complicador para as próximas semanas está na redução da oferta de boi gordo de pasto. A partir deste momento, que deve ocorrer entre os meses de julho e agosto, o mercado dependerá da oferta de animais confinados, que, aparentemente, é inferior se comparado a anos anteriores.
O custo está maior em confinamento em decorrência da exorbitante alta dos preços do gado de reposição. Com isso, há possibilidade de novos reajustes, com expectativa de novo ápice dos preços durante o último trimestre, período que conta com o maior potencial de demanda em todo ano.
A média semanal de preços (de 6 a 9 de julho) em São Paulo, foi de R$ 146,50 a arroba. Em Mato Grosso do Sul, R$ 139,16. Em Minas Gerais, a arroba ficou a R$ 134,66; em Goiás, a arroba ficou em R$ 133,66. Em Mato Grosso, o preço ficou a R$ 134,46. No atacado, a média semanal de preços ficou em R$ 11,25 para os cortes de traseiro e de R$ 8,45 aos cortes de dianteiro.
Veículo: Diário do Comércio - MG