A dinâmica entre os frigoríficos de carne bovina pouco mudou durante o mês de outubro. Os estabelecimentos de maior porte ainda contam com escalas alongadas, considerando a grande incidência de contratos a termo no mês de setembro e também no mês corrente. Já os de menor porte seguem encontrando maior dificuldade na composição das escalas de abate.
Neste mês, segundo avaliação da empresa de consultoria em agronegócio Safras & Mercado, essa dinâmica pode se alterar sensivelmente. Isso porque não há um volume de contratos a termo tão expressivos, a ponto de retirar os frigoríficos de maior porte do mercado, como o observado nas últimas semanas.
“No geral, em outubro os preços ficaram firmes em um equilíbrio de escalas curtas dos pequenos frigoríficos e de escalas razoáveis dos grandes estabelecimentos. No final do mês, os preços sofreram leve alta diante do encurtamento da oferta”, observou o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.
Além disso, a estiagem que castigou o Centro-Oeste do País tende a produzir uma lacuna de oferta, justamente no período de maior demanda em todo o ano. “Os frigoríficos tendem a apresentar uma postura mais agressiva durante a primeira quinzena de novembro. Considerando o repique de demanda, há maior necessidade em compor as escalas de abate de maneira satisfatória”, explicou o analista.
Mercado - O mercado ainda aguarda pelo bom desempenho das exportações de carne bovina brasileira, o que favoreceria a alta dos preços internos, considerando que quanto maior o volume de embarques, menor a disponibilidade interna. Os embarques do produto in natura do Brasil renderam US$ 335,0 milhões em outubro (16 dias úteis), com média diária de US$ 20,9 milhões. A quantidade total exportada pelo País chegou a 81,3 mil toneladas, com média diária de 5,1 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.120,2.
Entre setembro e outubro, houve uma alta de 0,6% no valor médio exportado, um avanço de 11,1% na quantidade e baixa de 9,4% no preço médio. Na relação entre outubro de 2015 e o mesmo mês de 2014, houve recuo de 14,9% no valor total exportado, alta de 3,1% na quantidade total, e desvalorização de 17,4% no preço médio.
A média mensal de preços em outubro foi de R$ 146,95 em São Paulo a arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em R$ 138,01. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 143,21. Em Goiás, se manteve em R$ 139,28. Em Mato Grosso, o preço ficou em R$ 129,93 a arroba.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG