No setor de bovinos, recuo foi de 12,9%

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Ao longo do segundo trimestre, o abate de bovinos em Minas Gerais recuou 12,9%. Ao todo foram abatidas 664,9 mil cabeças, ante as 763,4 mil cabeças registradas em igual período do ano anterior. O peso das carcaças ficou 10,9% menor, somando 157,5 mil toneladas. A demanda pela carne bovina continuou aquecida no mercado externo. No segundo trimestre, Minas Gerais exportou um volume 18% maior, que somou 23,39 mil toneladas de carne bovina.
 
No acumulado do primeiro semestre, foram abatidos 1,28 milhão de bovinos, retração de 20% quando comparado com as 1,5 milhão de cabeças abatidas entre janeiro e junho de 2015.
 
Segundo o analista de agronegócios da Faemg, Wallisson Fonseca, a estiagem registrada em importantes regiões produtoras do Estado e a degradação das pastagens interferiram de forma negativa na oferta de animais para o abate, provocando a queda.
 
“Foram verificadas quedas expressivas em Governador Valadares, Janaúba, Curvelo e Montes Claros, onde a pecuária e a oferta de animais foram comprometidas pelo baixo índice pluviométrico. Espera-se que nos próximos meses a Lã Nina torne o período mais chuvoso”, explicou.
 
Fonseca também destacou que o abate de matrizes em Minas Gerais foi menor que o de machos, reflexo da escassez de bezerros e dos preços elevados no mercado.
 
“De janeiro a junho tivemos uma queda de 7,7% no abate de machos e de 23% no de fêmeas, o que é explicado pelo bezerro ter atingido preços históricos. O menor abate de matrizes indica que os pecuaristas estão retendo mais as fêmeas, para que ocorra a recomposição de rebanho”.
 
O supervisor das pesquisas agropecuárias do IBGE Minas Gerais, Humberto Silva Augusto, explica que muitos bovinos são terminados em Minas, mas abatidos em outros estados. O que interfere no desempenho.
 
“Esse número de abate de bovinos em Minas Gerais poderia ser maior, uma vez que sai muito gado em pé para ser abatido fora do Estado. Isto também acontece com o leite, que é captado no Estado e industrializado fora. São Paulo, por exemplo, industrializa um volume maior que produz”, explicou Humberto.
 
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas


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