Frigoríficos de MG recebem missões

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Inspeções são consideradas fundamentais para a abertura de novos mercados

 
Minas Gerais, assim como o Brasil, vai receber diversas missões veterinárias de vários países, até o final do ano, para inspeção sanitária em estabelecimentos frigoríficos de bovinos, aves, frangos e leite registrados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As visitas são consideradas fundamentais para o reconhecimento do sistema de inspeção sanitária e para a abertura de novos mercados para os produtos oriundos da atividade agropecuária. A diversificação dos mercados atendidos favorece a rentabilidade dos pecuaristas e incentiva a atividade.
 
De acordo com os dados divulgados pelo Mapa, até o momento, quatro países já confirmaram a vinda ao Brasil até o final do ano. Estão confirmadas duas missões do Chile, que verificarão estabelecimentos produtores de carne bovina e de farinha de carne e osso; uma missão de Cuba (para carnes suína e de aves), uma da Bolívia (para carnes de aves, bovina e suína) e a da Rússia, que irá inspecionar plantas frigoríficas de carnes bovina, suína e de aves, além de indústrias de produtos lácteos.
 
De acordo com o chefe substituto do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Minas Gerais, Antônio Arantes Pereira, o Estado conta com um rigoroso sistema de inspeção, o que contribui para que as plantas recebam as missões e estejam aptas a atender o mercado mundial. As visitas técnicas são constantes e, segundo Pereira, Minas está preparada para receber novos países, o que é muito importante para o desenvolvimento do setor.
 
“As expectativas são muito otimistas. As auditorias dos países importadores fazem parte de rotinas de procedimentos para conhecer os estabelecimentos e saber se o sistema de inspeção assegura a qualidade dos alimentos aqui produzidos. Este ano, dentre várias missões que recebemos, destacamos a dos Estados Unidos, país que tem um dos sistemas de sanidade mais rigorosos do mundo, e que abriu o mercado para a carne bovina in natura, medida que reconheceu a qualidade da produção estadual e que pode incentivar a abertura de novos mercados”.
 
De acordo com os dados divulgados pelo Mapa, o primeiro grupo de técnicos vem do Chile. A auditoria será na produção de carne bovina in natura e acontece entre 10 de outubro e 22 de novembro. A previsão é visitar estabelecimentos de Minas Gerais e de vários outros estados. Em outra missão, o Chile enviará auditores para verificar a produção de farinha de carne e osso em unidades em Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A visita está prevista para o período de 28 de novembro a 9 de dezembro.
 
Estão previstas ainda missões de Cuba e da Bolívia. De 15 de outubro a 24 de novembro, os cubanos vão fazer auditorias em estabelecimentos de aves e suínos. De 21 de novembro a 2 de dezembro, veterinários bolivianos irão inspecionar unidades de carnes de ave, suína e bovina.
 
A missão de técnicos da Rússia vem ao Brasil entre 21 de novembro e 2 de dezembro para inspecionar plantas frigoríficas de carnes bovina, suína e de aves, além de indústrias de produtos lácteos.
 
Oportunidade - Para Pereira, receber as missões de inspeção sanitária é importante pela possibilidade de ampliar o número de países compradores dos produtos brasileiros, o que é fundamental para escoar a produção e garantir a renumeração de toda a cadeia produtiva, principalmente do produtor rural. Ainda segundo o representante do Mapa em Minas, no atual momento de crise na área econômica, todo e qualquer recurso externo que entrar no País é uma ajuda representativa.
 
“Recebemos as missões com uma satisfação muito grande, porque ajudam o produtor rural a se manter ativo no campo. A diversificação do mercado atendido é fundamental para manter os preços compatíveis com a realidade. Embora os preços dos produtos da pecuária tenha acompanhado a inflação, os insumos encareceram muito, principalmente o milho, em um momento de consumo reduzido pela crise. Por isso, estas oportunidades de ampliar a atuação no mercado externo são muito importantes”, explicou.
 
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas 


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