Thiago Vitale Jayme, de Brasília
Antes de embarcar para China, onde participará da abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou-se ontem com a presidente mundial da Pepsico, Indra K. Nooyi, na Base Aérea de Brasília. A visita teve como principais temas os planos de expansão no Brasil e o possível acordo de cooperação da empresa com o governo.
Indra e Lula conversaram sobre possíveis parcerias a serem firmadas entre o governo federal e a multinacional com sede nos Estados Unidos.
Pelo menos duas áreas já foram definidas como alvo da cooperação entre a empresa e o país: proteção ao meio ambiente e incentivo do aumento do consumo de peixes no país, sobretudo nos estados não-litorâneos.
Entre suas empresas, a Pepsico é dona da Coqueiro, especializada no comércio de alimentos com base em atum e sardinha.
A presidente da Pepsico revelou a Lula que serão construídas mais três fábricas no Brasil. Uma em Suape (PE), outra em Feira de Santana (BA) e a terceira em Brasília, que tem como data de início das obras em 2010. A empreitada baiana deverá custar à empresa US$ 10 milhões. Indra também pretende reformar a fábrica da Elma Chips, em Curitiba, que pegou fogo no ano passado.
Em 2007, Indra foi escolhida pela revista norte-americana Forbes a quinta mulher mais influente do mundo.
Depois do encontro com Indra, o presidente embarcou para a China, onde fará corpo-a-corpo com as demais autoridades presentes para convencê-los de que o Rio de Janeiro é o melhor candidato à sede das Olimpíadas de 2016. Um dos principais encontros de Lula será com o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge.
Segundo o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, o presidente tentará mostrar que "a cidade do Rio tem todas as condições para sediar as Olimpíadas". Além da capital fluminense, disputam a indicação para sediar os jogos as cidades de Chicago, Tóquio e Madri.
Veículo: Valor Econômico