Para sustentar a demanda de praticidade dos centros urbanos, muitos estabelecimentos têm optado por disponibilizar carne em porções aos consumidores. Além de evitar as grandes filas, que levam tempo para finalizar o atendimento, essa é uma maneira de facilitar a compra, em que menos procedimentos são necessários para se adquirir o produto. Outro ponto importante é a manipulação do alimento, que é menor, evitando os riscos de contaminação.
No varejo, outra vantagem da carne em porções é a possível redução nos custos com a mão de obra, enquanto para o consumidor, uma garantia a mais da procedência do produto. Os balcões de atendimento têm servido cada vez menos carne, pois os clientes vão logo às prateleiras para escolher qual porção lhe é mais conveniente. Seja à vácuo ou em bandejas porcionadas, a embalagem tem papel fundamental nesse processo, como explica a Everest , empresa do segmento de máquinas seladoras . "De nada adianta o alimento possuir menos manipulação e riscos de contaminação, se ele for embalado fora dos padrões. Não utilizar a embalagem adequada, além de contribuir para a proliferação de microrganismos, pode causar a rejeição do cliente, o que não é vantajoso para o estabelecimento", alerta.
Antes do uso desse recurso, os revendedores eram obrigados a manipular as carcaças em salas de corte, procedimento que atualmente reduziu bastante, abrindo espaço para as prateleiras de autoatendimento. Embora mais evidente nas capitais, há uma tendência desse hábito também se tornar comum no interior, já que nem nos grandes centros a carne em porções era tão comum na década passada como é hoje, ou seja, é questão de tempo. São várias as questões positivas envolvidas nesse método, como higiene, otimização dos processos e a própria praticidade de consumo. Outra vantagem é manter o produto fresco, por isso, o prazo de validade é restrito a cerca de 15 dias, não devendo ser consumido após esse período.
Embora por um lado essa migração possa vir a reduzir a mão de obra, e consequentemente, os postos de trabalho nos supermercados, por outro, há estabelecimentos que preferem optar por qualificar os funcionários para a realização de tal serviço, dentro dos próprios açougues. Houve também uma movimentação na indústria, pois muitas passaram a investir no mercado de carne em porções, embalando-as de diferentes maneiras, como moída, em cubos, iscas ou o tradicional bife, de vários cortes, desde coxão mole e alcatra, até filé mignon.
Dependendo da pessoa, ainda existe uma resistência a esse novo modelo, em que a preferência é ver o corte sendo feito ao invés de já comprá-lo embalado. Outro impeditivo para o crescimento desse segmento é o alto investimento necessário na embalagem em atmosfera modificada. Até porque ela deve envolver uma boa apresentação, já que o cliente é bastante crítico e pode associá-la à qualidade. Seja dentro ou fora do varejo, o importante é tornar a carne atrativa para o consumidor, com cortes prontos para consumo, de modo a trazer total facilidade para o dia a dia.
Fonte: Terra