Após três anos de resultados desfavoráveis à produção, a indústria de embalagens cresceu 1,96% em 2017 com um valor bruto de produção de R$ 71,5 bilhões. Para 2018 a prospecção é crescer 2,96% de acordo com a Associação Brasileira de Embalagens (Abre). Esta prospecção se deve a maior demanda pela praticidade. Os consumidores tem optado por carnes fracionadas na prateleira, pois além de evitar as filas nos açougues, facilita a compra e diminui a manipulação do alimento.
Michael Teschner, diretor-geral da Multivac do Brasil, comenta que para alimentos frescos, em especial as proteínas de origem animal, o Brasil ainda está em atraso, e um dos fatores que pode alavancar o setor seria o fracionamento. Para ele fracionar os alimentos pode ser visto por dois lados, aqueles que gostam de um atendimento personalizado e os que preferem a praticidade, pois além das famílias estarem menores, a maioria dos consumidores não tem paciência de esperar no balcão para serem atendidos. “A solução é o supermercado oferecer opções de porções em embalagens práticas e com shelf-live (tempo de prateleira) razoável.”
Para Teschner, esse fracionamento deve ser feito dentro do próprio mercado, pois, segundo ele, faz mais sentido economicamente. “O supermercado irá reduzir a mão de obra e evitar a rotatividade, pois o balcão de atendimento é uma área com muito giro; reduzirá assim espaço para o estoque de embalagens e a área de manipulação poderia ser usada como área de vendas, além de reduzir perdas na produção”, explica.
Para Flávio Zampiroli, gerente Técnico de Vendas da Zip Pak, o mercado brasileiro de embalagens ainda tem muito a crescer. Em outros países se encontra uma grande quantidade de embalagens diferenciadas que ainda não dispomos no Brasil. “É incrível e notória a diferença com o mercado brasileiro. Não precisamos ir muito longe, na própria América do Sul, há países com uma gama de produtos diferenciados, por exemplo, com aplicação de zíper em determinados nichos.”
Embora mais evidente nas capitais, há uma tendência desse hábito também se tornar comum no interior, já que nem nos grandes centros a carne em porções era tão comum na década passada como é hoje, ou seja, é questão de tempo. De acordo com a Abres são várias as questões positivas envolvidas nesse método, como higiene, otimização dos processos e a própria praticidade de consumo. Outra vantagem é manter o produto fresco, por isso, o prazo de validade é restrito a cerca de 15 dias, não devendo ser consumido após esse período.
Fonte: Suíno Cultura Industrial