O frango vivo comercializado no interior paulista completou a primeira quinzena de dezembro e penúltima do ano como se este não fosse o período que antecede às Festas. Ou seja: com o mercado em apatia total – porque a demanda, completados os primeiros 15 dias de um mês, reflui naturalmente; mas sobretudo porque as ofertas continuam sendo infladas por produto vindo de integrações, sem que haja espaço para a absorção imediata de tudo que vem sendo disponibilizado.
Nesse cenário, o que menos importou foi a cotação vigente. Porque a meta deixou de ser “vender bem”. Passou a ser, simplesmente, “vender”. Assim, ainda que o preço referencial tenha se mantido nos R$2,90/kg, valor para o qual retrocedeu no último dia 13, significativa parte das negociações foi concretizada à custa de descontos substanciais.
Embora essa situação seja, aparentemente, inédita (não há notícias anteriores de oferta, neste período, de produto pertencente às integrações), o retrocesso de preço no mês de Natal não chega a ser novidade. Aliás, nos últimos cinco anos (2013 a 2017), a cotação alcançada pelo frango vivo em dezembro foi igual ou inferior à de novembro. Clara indicação de que o frango deixou de ser prato das Festas, pois – melhor do que isso – tornou-se o prato nosso de cada dia.
Fonte: AviSite