Com a aproximação da Quaresma, o consumo de peixe aumenta, já que é tradição não comer carne vermelha na Páscoa. Porém, comerciantes contam que a maior procura não começou agora. Durante a pandemia do novo coronavírus, cresceram as vendas de peixes.
A produção de peixes de cultivo cresceu 5,9% no ano passado, alcançando mais de 800 mil toneladas, segundo dados da Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR), e isso se deu por conta do aumento do consumo.
O brasileiro, que sempre foi tão apaixonado por carne vermelha, foi atraído pelo valor mais atraente do peixe, que em 2020 foi na contramão das outras carnes, que ficaram mais caras. Nos últimos meses de 2020, todos os cortes de carne bovina tiveram alta nos preços. Em setembro foi de 3,90%; 3,01% em outubro; 5,03% em novembro e 1,91% em dezembro. Em janeiro deste ano o preço continuou subindo: a alta foi de 0,53%.
Já o pescado foi a proteína que menos subiu em 2020. Teve queda de valor em setembro (-0,13%) e outubro (-0,16%) e altas em novembro (+1,01%) e dezembro (+0,04%). Em janeiro deste ano, a redução no preço foi de 0,44%.
Além da diferença no valor outro motivo que explica o porquê de o brasileiro ter optado pelo peixe está na facilidade do preparo. A carne não exige grandes habilidades na cozinha e durante a pandemia, muita gente precisou aprender a se virar em casa.
Fonte: Agência Brasil