Os preços mais altos dos alimentos levou à aceleração na taxa do IPC-S na cidade de São Paulo, de 1,75% para 1,87%, entre a última quadrissemana de janeiro e a primeira quadrissemana de fevereiro. Segundo o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz, a inflação mais intensa nos preços do grupo Alimentação (de 1,83% para 2,25%) no período foi determinante para a taxa maior do índice na capital paulista.
O economista explica que alimentos e serviços de peso na formação da inflação varejista continuam com aumento intenso de preços junto ao consumidor em São Paulo. É o caso dos valores das frutas (de 5,73% para 8,80%); açúcares (de 3,90% para 4,49%); hortaliças e legumes (de 3,82% para 4,97%) e bares e lanchonetes (de 0,56% para 0,86%).
Mas o especialista comenta que a inflação varejista em São Paulo não deve continuar elevada por muito tempo. Ele comentou que o mês de fevereiro não deve contar mais com o impacto do reajuste de tarifa de ônibus urbano - cuja taxa de elevação já desacelerou na cidade (de 15,71% a 14,81%) entre a última quadrissemana de janeiro e a primeira quadrissemana de fevereiro
Além disso, combustíveis de peso no cálculo da inflação varejista em São Paulo subiram menos de preço, no período. É o caso de álcool combustível (de 13,98% para 11,63%).
A taxa de inflação do arroz e feijão (4,28% para 3,54%) pode também contribuir para a desaceleração do IPC-S.
Veículo: DCI