Crédito caro prejudica o comércio

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Depois de se manter estável em junho, o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio apresentou, em julho, uma leve recuperação com um taxa de 0,01%. A tendência, prevê o gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, é de um crescimento mais modesto ao longo deste semestre.

 

"Como reflexo do aperto monetário, bens com maior valor agregado e que dependem de crédito devem ter retração", pondera o economista. Ele acredita que o índice ficará em 9% no fechamento deste ano, variação um pouco inferior à registrada no ano passado (10,3%). Nos sete primeiros meses deste ano, o indicador acumula alta de 9,6% ante 10,5% verificado em igual período de 2010.

 

Em julho, houve um aumento na procura em três dos seis segmentos pesquisados pela Serasa com base nas consultas feitas por um conjunto de 6 mil empresas sobre os cadastros dos clientes. Entre eles estão o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios com alta de 0,7% ante uma queda de 0,3%.

 

Supermercados - Nos supermercados, o movimento teve expansão de 0,4% ante 0,7% e de janeiro a julho alta de 5,5%. A mesma taxa de variação (0,4%) foi constatada em móveis, eletroeletrônicos e informática que havia ficado estável, em junho. Neste caso, segundo Luiz Rabi, o desempenho está associado ao câmbio.

 

Ele explicou que com o real valorizado ante o dólar norte-americano, muitas mercadorias, principalmente os eletroeletrônicos, entram no país com preços mais vantajosos e ainda impedem que haja reajustes dos similares nacionais, o que, obviamente, torna os importados mais atrativos no comércio varejista. (AE)

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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