Alimentos ajudam IGP-M a desacelerar

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Alimentos mais baratos levaram à desaceleração da segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Usada para reajustar o preço do aluguel, a taxa caiu de 0,52% para 0,50% de setembro para outubro, segundo informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Para a FGV, o bom comportamento da inflação deve prosseguir em outubro, principalmente no varejo, onde os preços dos alimentos podem continuar a cair. Isso, na prática, pode conduzir taxas menores nos Índices Gerais de Preços (IGPs) em comparação com setembro.

Até a segunda prévia de outubro, o IGP-M acumula 4,67% no ano e 6,92% em 12 meses. Segundo o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, os preços dos alimentos em queda provocaram o enfraquecimento da inflação no varejo (0,52% para 0,23%), de setembro para outubro. "Foi o varejo o grande responsável pela taxa menor da segunda prévia."

Mas o dólar em alta em setembro e no início de outubro ainda puxou para cima os preços de alguns itens no atacado, principalmente o minério de ferro (5,53%). Tanto que a inflação atacadista acelerou (de 0,59% para 0,66%). Isso impediu desaceleração mais forte na variação da segunda prévia de outubro.

Mas Quadros atenuou o efeito cambial na inflação. Ele lembrou que o nível do dólar está praticamente estável. Se o comportamento prosseguir, isso deve diminuir a influência da cotação na moeda na evolução de itens com preços dolarizados no atacado - que em setembro ajudou a puxar para cima a inflação dos IGPs. "Creio que em novembro não falaremos mais sobre impacto do câmbio na inflação com tanta frequência, se a situação cambial continuar como está agora."


Veículo: O Estado de S.Paulo


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