Preços no atacado sobem 4,12%

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A inflação no atacado medida pelo IPA-DI encerrou 2011 com alta de 4,12%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 2010, os preços atacadistas subiram 13,85%. Um dos destaques foi a perda de força da inflação agropecuária no atacado, que após subirem 25,61% em 2010 terminaram 2011 com alta de 3,15%. Os preços dos produtos industriais também perderam fôlego, com alta de 4,46% em 2011, ante 10,13% no ano anterior.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais avançaram 3,88% em 2011 contra 6,72% em 2010. Por sua vez, os bens intermediários subiram 3,27%, contra 8,06% em 2010. Já os preços das matérias-primas brutas avançaram 5,49% em 2011 ante alta de 33,48% em 2010.

Em dezembro do ano passado, as altas de preço mais expressivas no atacado foram registradas em café em grão (2,84%); suínos (7,69%); e banana (12,42%). Já as mais expressivas quedas de preço no atacado em dezembro foram registradas nos preços de minério de ferro (-7,48%); milho em grão (-4,90%); e bovinos (-2,55%).

A inflação varejista medida pelo IPC-DI encerrou 2011 com alta de 6,36%, levemente acima da registrada em 2010 (6,24%), segundo a FGV. A aceleração na taxa do IPC-DI de novembro para dezembro do ano passado (de 0,53% para 0,79%) foi causada por acelerações de preços em cinco das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice. O destaque ficou por conta da forte elevação nos preços de alimentação (de 0,78% para 1,65%). Neste grupo, houve taxa de inflação mais intensa e fim de deflação em itens como carnes bovinas (de 3,20% para 4,72%), laticínios (de -1,10% para 0,25%) e arroz e feijão (de -0,70% para 3,75%).

Outros grupos que mostraram taxas de inflação mais intensas de novembro para dezembro foram transportes (de 0,08% para 0,59%), saúde e cuidados pessoais (de 0,43% para 0,68%), vestuário (de 0,87% para 1,03%) e educação, leitura e recreação (de 0,39% para 0,42%). Em contrapartida, houve desaceleração de preços em habitação (de 0,52% para 0,27%) e em despesas diversas (de 0,41% para 0,11%), no período.


Construção - A inflação na construção civil apurada pelo INCC-DI encerrou o ano passado com alta de 7,49%, levemente abaixo da apurada em 2010 (7,77%), segundo a Fundação Getúlio Vargas.

A perda de força da inflação na construção também foi perceptível no desempenho mensal do indicador. De novembro para dezembro do ano passado, a desaceleração na taxa do INCC-DI (de 0,72% para 0,11%) foi causada por taxas de inflação mais fracas nos preços de mão de obra (de 1,19% para 0,01%) e de materiais, equipamentos e serviços (de 0,24% para 0,21%).

Entre os produtos pesquisados pela FGV na construção civil, as altas mais expressivas em dezembro de 2011 foram registradas em projetos (1,10%), pias, cubas e louças sanitárias (1,63%) e metais para instalações hidráulicas (0,54%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,40%), argamassa (-0,41%) e placas e cerâmicas para revestimento (-0,83%).


Veículo: Diário do Comércio - MG


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