Previsão de inversões em Minas já soma R$ 5,706 bi

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A julgar pelos investimentos que o governo de Minas já garantiu para o Estado nos cinco primeiros meses deste ano, a estratégia do Executivo de diversificar a economia estadual está no caminho certo. Setores como o eletroeletrônico, químico, biotecnologia, cosméticos e bebidas se destacaram entre os vários protocolos de intenções assinados com empresas no acumulado até maio.

No período, foram firmados 71 compromissos entre o governo de Minas, através do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi) e as companhias, somando R$ 5,706 bilhões, 22,3% a mais do que o total registrado no mesmo período de 2011 (R$ 4,664 bilhões). Além disso, devem ser criados mais de 31 mil empregos, entre diretos e indiretos.

A maior parte dos protocolos (11) se refere a aportes da indústria eletroeletrônica. Juntos, eles totalizam R$ 853,9 milhões e garantirão a geração de 1.747 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos. Já com a indústria química, especialmente de plástico e borracha, foram formalizados nove acordos. As inversões chegam a R$ 100,3 milhões, com potencial de criação de 957 vagas. O setor de comércio também garantiu a assinatura de nove documentos, aporte de R$ 299,7 milhões e geração de 4.396 postos de trabalho.

Além disso, o Indi acertou sete protocolos de intenções com indústrias de biotecnologia e de fármacos, que prometem investir R$ 130 milhões e devem garantir a criação de 2.295 mil empregos. O segmento mecânico e de bens de capital também merece destaque, já que é um do campeões em potencial de geração de emprego. O setor deve gerar 4.600 vagas, mediante inversões da ordem de R$ 772,3 milhões no Estado.

Apesar da variedade de setores da economia mineira que devem receber inversões em novos empreendimentos ou expansão, foram os de alimentos, bebidas, fumo e agronegócio que lideraram o ranking, tanto em termos de valores quanto em geração de vagas.

Os aportes formalizados no acumulado deste ano até maio, entre o governo mineiro e estes segmentos, somam R$ 2,474 bilhões, ou 43,3% do total do período, com potencial de criação de 7.707 empregos, entre diretos e indiretos, o que corresponde a praticamente 25% do número total de novas vagas.

Mesmo com a diversificação dos investimentos no Estado, o peso da mineração na economia mineira pode ser mensurado através dos números relativos aos protocolos já firmados até maio com empresas do setor. Com apenas quatro documentos, os aportes chegarão a R$ 275,4 milhões e 3,9 mil novos empregos diretos e indiretos.

O Indi estima para este exercício a atração de, no mínimo, R$ 18 bilhões, R$ 10,3 bilhões a menos do que o total de recursos acertados no ano passado. A previsão é baseada em projetos já em negociação e não considera transações que podem surgir ao longo do exercício. Além disso, apesar do crescimento verificado até maio, o nível de investimentos em 2012 tende a ser menor se comparado ao de 2011 em função da conjuntura econômica global.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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