O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse ontem que ainda há espaço para o crescimento do consumo no Brasil.

Muitos economistas têm apontado o elevado endividamento das famílias como um limitador para a expansão do crédito e do consumo.

O governo, no entanto, vem adotando medidas para estimular as compras, como corte de impostos sobre automóveis e eletrodomésticos, com objetivo de reanimar a economia.

Na visão de Tombini, o aumento do emprego e da renda permitem que o consumo continue crescendo. Segundo ele, o aumento da demanda doméstica é importante para que as empresas continuem investindo.

"É exatamente o consumo que dará propagação ao crescimento, incentivando a realização de novos investimentos privados, os quais darão suporte ao crescimento sustentável nos próximos anos".

O presidente do BC disse que a economia vai se reaquecer e que o ritmo de crescimento será de 4% no fim de 2012 e superior a 4,5% no início de 2013.

Tombini participou ontem de evento em São Paulo que reuniu todos os presidentes do BC desde 1995.

Pérsio Arida, Gustavo Franco, Armínio Fraga e Henrique Meirelles reforçaram a necessidade de que o governo faça reformas estruturais para impulsionar os investimentos e garantir um crescimento maior no longo prazo.


Veículo: Folha de S.Paulo