Indústria pernambucana sente efeitos da crise e cresce apenas 1,4% até novembro

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As indústrias de Pernambuco também foram impactadas pela desaceleração da economia do país, cujo PIB em 2012 deve ter expansão inferior a 1% por conta da crise internacional. Embora tenha obtido resultado positivo, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que a produção do setor cresceu de forma moderada - apenas 1,4% - de janeiro a novembro do ano passado. Na Região Nordeste, o desempenho foi de 1,2% no mesmo período.

No indicador acumulado dos 11 meses em análise, a redução na produção atingiu nove dos 14 locais pesquisados, com destaque para Amazonas (-7,1%), Espírito Santo (-6,0%), Rio de Janeiro (-5,6%), São Paulo (-4,1%) e Rio Grande do Sul (-3,9%) que apontaram quedas acima da média nacional (-2,6%). Santa Catarina (-2,6%), Paraná (-2,5%), Ceará (-1,4%) e Pará (-0,9%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas.

Além de Pernambuco, assinalaram resultados positivos os estados de Goiás (3,5%), Bahia (2,9%) e Minas Gerais (1,3%).

De acordo com o IBGE, a indústria pernambucana avançou em seis das 11 atividades pesquisadas. O maior impacto positivo sobre o total da indústria foi  observado no setor de metalurgia básica (10,2%), impulsionado em grande parte pela expansão na produção de chapas e tiras de alumínio. Vale citar também os resultados positivos assinalados pelos ramos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (16,2%), borracha e plástico (8,8%), minerais não metálicos (4,5%), produtos de metal (3,6%) e de celulose, papel e produtos de papel (7,0%).

Por outro lado, os principais impactos negativos no índice acumulado do ano foram registrados pelos setores de alimentos e bebidas (-2,4%), de produtos químicos (-3,9%) e de produtos têxteis (-18%), pressionados especialmente pela menor produção de sorvetes, picolés, açúcar refinado, óleos vegetais hidrogenados, margarina, açúcar demerara, refrigerante e cachaça, no primeiro ramo; borracha de estireno-butadieno e tintas e vernizes para construção, no segundo; e tecidos de algodão, no último.



Veículo: Diário de Pernambuco


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