O balanço divulgado pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira apontou que a corrente comercial do Brasil com os países árabes teve um acréscimo de US$ 814 milhões em 2012, o que representa um aumento de 3,24% em relação a 2011. O montante exportado pelo Brasil esse ano foi de quase US$ 15 bilhões e as nações que mais importaram das empresas brasileiras foram Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos (EAU), Argélia e Omã. No caso do mercado saudita, responsável por mais de um quinto das exportações brasileiras para os países da Liga Árabe, houve um crescimento de 83% nas exportações de milho. Outro produto que teve vendas maiores neste último ano para a Arábia Saudita foram tratores (quase US$ 18 milhões em 2012).
Outro estado árabe que importou mais cereais em 2012 foi o Egito, que, no geral somando US$ 2,71 bilhões, 3,35% a mais que em 2011. O milho também foi protagonista na pauta egípcia, passando de US$ 134 milhões para US$ 491 milhões, demonstrando um salto de 264%.
"O Egito se manteve com exportações crescentes, apesar da crise. Isso porque o país tem que garantir alimentos à população. Dessa forma, um grande comprador desses alimentos tem sido o governo e essa é uma das principais razões para a manutenção desse patamar", explicou Michel Alaby, diretor-geral da Câmara.
Já para o trigo brasileiro, um grande comprador foram os Emirados Árabes Unidos, que adquiriram US$ 93 milhões, representando um aumento de quase 500%. O país atua como um hub de exportações - tanto brasileiras quando do resto do mundo - para outras nações do Oriente Médio, África e Ásia.
Para o diretor-geral da Câmara, ainda é cedo para fazer previsões em relação às exportações brasileiras para o Oriente Médio e Norte da África este ano, mas ele analisa alguns fatores que podem elevar as vendas para a região.
Veículo: DCI