Importação ajuda a inflar faturamento da indústria

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As importações continuaram a ajudar o faturamento real da indústria nos seis primeiros meses do ano, apesar da desvalorização do real. Treze dos 20 setores mais importantes da indústria de transformação elevaram suas receitas no primeiro semestre, mas em nove destes o aumento das importações superou o desempenho da produção doméstica.

Essa situação, dizem analistas, indica que a importação continuou a substituir o insumo ou o bem final doméstico, movimento que tende a arrefecer com o novo patamar do câmbio, conforme o cruzamento de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). Os dados sobre o faturamento real da Confederação Nacional da Indústria (CNI) também mostram que em quatro segmentos - vestuário, têxtil, alimentos e produtos de metal - o faturamento cresceu mesmo com queda na produção.
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A expectativa dos analistas é que a consolidação de um patamar médio de câmbio mais desvalorizado no segundo semestre ajude a desacelerar o ritmo de importação, o que deve permitir um ganho real de faturamento mais baseado na produção doméstica.

Rodrigo Branco, economista da Funcex, diz que, por enquanto, a desvalorização teve impactos distintos entre os setores. No segmento de calçados ele identifica um ganho de competitividade em relação aos importados. No primeiro semestre, a produção cresceu 4,7%, o volume importado caiu 1,5% e a exportação cresceu 9,5%, sempre em relação ao mesmo período do ano passado.

José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), avalia que um dólar médio em torno de R$ 2,30 no segundo semestre - mais alto que a média de R$ 2,03 no primeiro semestre - deve ajudar a frear as importações. Em alguns setores, porém, como farmacêutico e químico, a participação ainda continuará alta.



Veículo: Valor Econômico


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