A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,27% na terceira quadrissemana de setembro, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado repetiu a taxa de variação da segunda quadrissemana do mês.
Com o resultado, o coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, manteve a projeção de alta de 0,30% para o indicador no encerramento deste mês, ante a marca de 0,20% verificada em agosto.
"Além disso, esse número está muito próximo da minha previsão, portanto, se não houver nenhum sobressalto, setembro deve encerrar por volta de 0,30%."
Das oito classes de despesas analisadas, quatro apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Habitação (de 0,40% para 0,43%), Transportes (de -0,09% para -0,02%), Vestuário (de 0,47% para 0,65%) e Comunicação (de 0,03% para 0,14%).
Registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,49% para 0,21%), Alimentação (de 0,23% para 0,20%) e Despesas Diversas (de 0,28% para 0,22%). O grupo Saúde e Cuidados Pessoais repetiu a taxa de variação verificada na última apuração, de 0,43%.
Picchetti destacou os produtos in natura dentro do grupo Alimentação. Segundo ele, esse grupo teve forte alta de preços no primeiro semestre e agora está havendo uma devolução dos aumentos. "Todos os cinco itens com as maiores influências negativas são do grupo Alimentação", ressaltou o especialista.
De acordo com divulgação da FGV, as influências negativas mais expressivas no IPC-S na passagem da segunda para a terceira quadrissemana deste mês foram batata-inglesa (de -16,75% para -19,58%), feijão carioca (de -14,81% para -17,86%), tomate (de -10,50% para -9,35%), cenoura (de -10,26 para -15,78) e cebola (de -16,06% para -9,81%). Picchetti disse ainda que aguarda a manutenção dos preços do grupo Serviços em alta.
Dentro das influências positivas no IPC-S, o item aluguel residencial, que passou de 0,58% na segunda quadrissemana de setembro para 0,61% na terceira, figurou entre as cinco principais.
Completam a lista, os itens plano e seguro de saúde (que repetiu a taxa de variação de 0,67%), refeições em bares e restaurantes (de 1,03% para 0,94%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,85% para 0,81%) e leite tipo longa vida (de 2,25% para 1,97%), embora esses três últimos itens tenham apresentado desaceleração.
Com relação às três classes de despesas que recuaram na passagem da segunda para a terceira quadrissemana do mês, a FGV destacou os itens show musical (de 2,53% para -0,13%), no grupo Educação, Leitura e Recreação, hortaliças e legumes (de -9,20% para -10,32%), no grupo Alimentação, e alimentos para animais domésticos (de 0,57% para 0,35%), em Despesas Diversas.
As principais influências em sentido ascendente e descendente dentro do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que repetiu a taxa de variação apurada na última divulgação, de 0,43%, foram salão de beleza (de 0,36% para 0,63%) e psicólogo (de 0,64% para estabilidade), respectivamente.
Veículo: DCI