O movimento dos consumidores nas lojas cresceu 1,7% em outubro com relação a setembro - já efetuados os ajustes sazonais -, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, divulgado na sexta-feira. Foi o melhor resultado mensal do ano. Na comparação com igual período de 2012, houve expansão de 2,8% da atividade varejista.
Em nota, a Serasa Experian atribui o desempenho de outubro à retomada da trajetória de expansão da massa real de rendimentos, à estabilização da cotação do dólar e às promoções feitas pelas concessionárias de automóveis. A maior alta foi registrada justamente nas lojas especializadas em veículos, motos e peças (8%).
Na seqüência aparecem os segmentos de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (2,9%), material de construção (2,7%), móveis, eletroeletrônicos e informática (1,4%), combustíveis e lubrificantes (0,7%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (0,2%).
No acumulado de janeiro a outubro de 2013, a atividade do comércio avançou 5,1%, alavancada pelos segmentos de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (6,1%) e de combustíveis e lubrificantes (5,8%). A categoria de móveis, eletroeletrônicos e informática acumulou alta de 3,2% neste período, mesma variação verificada pelo setor de veículos, motos e peças. Já o segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios teve expansão de 3,1%, assim como a categoria de material de construção.
Fecomércio - Já a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) mostrou que 54,4% das famílias paulistanas estavam endividadas em outubro. O resultado é 1,8 ponto percentual superior ao registrado em setembro e está 5,5 pontos porcentuais acima dos 48,9% verificados em outubro de 2012.
Segundo a Fecomércio, a alta no endividamento demonstra que o consumidor ainda tem dificuldades em equilibrar seu orçamento familiar. "As famílias buscam novas formas de financiamento para manter os padrões de consumo, comprometendo a renda com dívidas", afirmou a entidade em nota.
O total de famílias endividadas passou de 1,885 milhão em setembro para 1,949 milhão em outubro, em números absolutos.
Veículo: Diário do Comércio - MG