O déficit da balança comercial de produtos eletroeletrônicos cresceu 9,3% em janeiro de 2014 ante o mesmo período de 2013, somando US$ 3,37 bilhões. No primeiro mês do ano passado, essa quantia atingiu a casa dos US$ 3,09 bilhões, de acordo com dados divulgados na sexta-feira (7) pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Para a entidade, a alta pode ser explicada pelo forte desequilíbrio entre exportações e importações, velho problema que segue assombrando o setor.
Enquanto as exportações de eletroeletrônicos cresceram 1,4% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2013, somando US$ 494,2 milhões, as importações destes mesmos itens cresceram 8,2%, atingindo US$ 3,87 bilhões.
Para 2014, segundo a Abinee, já é esperado que o déficit atinja a casa dos US$ 37,7 bilhões, um valor 4% acima do totalizado na balança comercial de 2013, que somou R$ 36,2 bilhões, segundo os dados oficiais da Abinee.
Os produtos para Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (GTD) foram os responsáveis pela maior taxa de crescimento nas exportações, atingindo US$ 85,3 milhões, alta de 123,1% ante janeiro de 2013.
De acordo com a Abinee, este aumento está atrelado, em boa parte, à alta de 397% registrada nas vendas de transformadores para o exterior, que passaram de US$ 10 milhões, em janeiro de 2013, para US$ 50 milhões, no primeiro mês deste ano.
Outro fator que impulsionou o setor foi a alta de 279% nas vendas de grupos eletrogêneos, somando US$ 18 milhões. No caso dos transformadores, a maior parte dessas exportações foi para o Paraguai. Já no caso dos grupos eletrogêneos, as vendas de eletrogeradores de energia eólica para a Índia se destacaram, atingindo o marco de US$ 14 milhões negociados em janeiro de 2014 com o País.
Com relação as importações, o destaque ficou com o avanço de 19,7% registrado na categoria de Componentes Elétricos e Eletrônicos em janeiro deste ano, somando US$ 2,3 bilhões.
Estão entre os três principais itens importados pelo setor os componentes para a área de telecomunicações, com alta de 59%, os semicondutores, com avanço de 19%, e componentes para a informática, com alta de 8%. Juntos, eles somaram cerca de US$ 1,47 bilhão, índice que representa 64% das importações na categoria de componentes e 38% das totais do setor.
Veículo: DCI