FGV: alimentos devem ajudar IPC-S a fechar maio em 0,60%

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O novo recuo da inflação de Alimentação dentro do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da terceira quadrissemana de maio, somado à expectativa de desaceleração dos preços administrados, reforça a percepção de que o índice caminha mesmo para fechar o mês na marca de 0,60% esperada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A avaliação foi feita nesta sexta-feira (23), pelo coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, ao comentar o indicador de 0,69% na terceira leitura de maio, ante 0,78% na anterior. "Está se concretizando o cenário de desaceleração da inflação previsto", disse. Para o encerramento de 2014, a expectativa é de IPC-S em 6,30%.

O grupo alimentação passou de 1,05% para 0,81% entre a segunda e a terceira quadrissemanas de maio. Picchetti destacou que a normalização da oferta está aliviando os preços de in natura e também de laticínios. "Os principais destaques foram as frutas, que já estão em queda (-1,61%), laticínios (alta de 2,18% ante 2 73%) e hortaliças e legumes (de 2,35% para 0,91%)", listou. Especificamente neste último subgrupo, o coordenador afirmou que só não houve deflação em razão dos preços do tomate, "que estão indo contra tudo". O produto teve alta de 8,87% e, nas pesquisas semanais de ponta da FGV, que trazem um quadro mais atualizado da inflação, já avança quase 20%, segundo Picchetti. Outro produto que destoa dos demais é o pão francês, que tem avanço de 1,89% na terceira quadrissemana e de mais de 2% na ponta. "É reflexo dos preços internacionais do trigo", justificou o economista. "Mas a maioria dos itens de Alimentação está em queda ou em desaceleração", afirmou.

Graças à trajetória dos alimentos, o índice de difusão de altas do IPC-S recuou de 73,24% para 71,76%, da segunda para a terceira quadrissemanas. "Caiu, mas ainda se encontra num patamar muito elevado", comentou Picchetti.

Picchetti ressaltou ainda que os preços administrados já dão sinais de perda de fôlego e devem ajudar o IPC-S a fechar maio bem abaixo da taxa de 0,77% em abril. "As tarifas de energia já devem desacelerar a partir da próxima semana, quando também devemos ver maior diluição do impacto do aumento dos medicamentos", disse. Ainda, o coordenador lembrou que o comportamento dos preços de combustíveis devem ajudar a trazer para baixo os preços administrados, que na terceira quadrissemana de maio subiram 1,81%. No período, a gasolina recuou 0,1%, ante aumento de 0,13% na anterior, influenciada pela desaceleração do etanol (de 0,66% para 0,32%).



Veículo: Diário de Pernambuco


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