Porto Alegre pode perder R$ 594 milhões com feriados

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Resultado corresponde a 15,3% do faturamento mensal do setor varejista de Porto Alegre, conforme estimativa da CDL

 



Os 12 feriados prolongados deste ano podem gerar uma perda adicional de R$ 594,4 milhões ao varejo da Capital na comparação com 2013 na Região Metropolitana de Porto Alegre.

O ano de 2014 não foi utilizado para análises devido à realização da Copa do Mundo (que poderia prejudicar a apuração dos dados nos meses de abril a julho). O levantamento foi realizado pelo economista da CDL Porto Alegre Gabriel Torres.

O resultado corresponde a 15,3% do faturamento mensal do varejo da região. “Isso significa que, potencialmente, a maior ocorrência de feriados em dias próximos aos finais de semana exigirá que os lojistas reforcem o esforço de venda ao longo dos demais dias úteis do mês para garantir que 2015 não seja tão prejudicado”, afirma Torres.

Para estimar o faturamento do varejo na Capital, foram utilizados dados das pesquisas setoriais do IBGE, o Cadastro- -Geral de Empregos (Caged) e os dados de consultas do SCPC. As diferenças no fluxo de pessoas foram estimadas comparando os feriados com o movimento normal em mesmos dias do mês.

“Os números consideram o saldo da diferença no fluxo de pessoas apenas nos dias a mais ou a menos.

Um exemplo que pode ser utilizado para demonstrar isso foi o feriado de Navegantes, que, em 2013, ocorreu em um sábado e, em 2015, caiu em uma segunda-feira. Considerando os prolongamentos usuais de feriados próximos ao final de semana, quando os dados do Serviço de Proteção ao Crédito apontam queda de consultas, o impacto frente a 2013 será negativo em um dia de vendas em fevereiro”, explica o economista da CDL Porto Alegre.
Busca de empresas por crédito cresceu 12,3% em janeiro, indica pesquisa da Serasa

A procura das empresas por crédito cresceu em janeiro. A maior demanda no mês passado foi registrada tanto em comparação a dezembro (+12,3%) quanto a janeiro de 2014 (6,4%), de acordo com o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. A maior disposição em financiar-se decorre do movimento típico de recomposição dos estoques depois das festas de fim de ano.

Os economistas da Serasa Experian observam que o crescimento da demanda ocorreu mais intensamente nas micro e pequenas empresas do que nas médias e grandes. Essa situação, dizem os economistas, pode “significar que, diante da maior seletividade e rigor creditício junto às instituições financeiras, dado o atual quadro econômico mais adverso, as micro e pequenas empresas estejam buscando fontes alternativas de financiamento como o crédito mercantil, por exemplo”.

De acordo com o levantamento, as firmas de menor porte demandaram 13,1% mais crédito em janeiro do que em dezembro do ano passado. Nas médias empresas, o aumento da procura foi bem menor, crescendo apenas 1,9% no primeiro mês do ano. Já nas grandes empresas, houve retração de 0,4% na demanda por crédito em janeiro em relação a dezembro.

Segundo a Serasa Experian, todos os setores econômicos registraram elevação na demanda por crédito no primeiro mês do ano. A maior alta ocorreu na indústria, com crescimento de 15,5% em comparação a dezembro. No comércio, a elevação foi de 12,2%, e, no setor de serviços, o crescimento foi de 11,9% na mesma base de comparação.

Os empresários da região Sul foram os que apresentaram maior demanda por crédito no mês passado, registrando uma alta de 13,8% em relação a dezembro. Em seguida, aparecem as regiões Sudeste (12,6%) e Nordeste (12,4%). No Centro-Oeste, o aumento foi de 10,5% e, no
Norte, 8,8%.

O Indicador é construído a partir de uma amostra de cerca de 1,2 milhão de CNPJ consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian.

Com Carnaval, vendas no varejo recuam 8,6% em São Paulo

Devido ao carnaval, as vendas do varejo paulistano recuaram 8,6% na primeira quinzena de fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, quando o feriado teve início apenas em março. Segundo pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na comparação com os primeiros quinze dias de janeiro, o volume vendido por varejistas também caiu, cerca de 9%.

O movimento de vendas a crédito no período registrou queda de 7,1% ante a primeira quinzena de fevereiro de 2014. Em relação a janeiro, houve uma diminuição de 10,5%, explicada também pela base forte de comparação do início do ano impulsionada pelas liquidações.

A comercialização à vista, por sua vez, caiu 10,1% nos primeiros quinze dias do mês na comparação com 2014. Ante janeiro, o recuo foi de 7,5%. O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI), que mede o volume de carnês em atraso, aumentou 9,6% na quinzena sobre o mesmo período do mês anterior.

A variação, segundo a ACSP, é sazonal, já que a inadimplência tende a começar janeiro em baixa e aumentar em fevereiro e março.





Veículo: Jornal do Comércio - RS


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