RMPA lidera alta da inflação no mês de março

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No Brasil, segundo o IBGE, média do IPCA ficou em 1,32%, maior nível registrado para o período desde o ano de 1995

 



A Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) registrou em março a maior inflação mensal entre as 13 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi de 1,81%, bem acima da média geral do País, que ficou em avanço de 1,32%.

Segundo o órgão, os principais impactos em Porto Alegre e região vieram de energia elétrica (27,21%) e ônibus urbano (7,97%). A energia elétrica refletiu o reajuste extraordinário médio de 26,31% em vigor desde o dia 2 de março. Já no caso de ônibus urbano, houve reajuste de 10,85% a partir de 22 de fevereiro.

Também ficaram acima da média nacional Campo Grande (1,79%), Curitiba (1,69%), Fortaleza (1,57%), Belo Horizonte (1,48%), Vitória (1,45%), Goiânia (1,43%) e Rio de Janeiro (1,35%). Ficaram abaixo do IPCA geral São Paulo (1,31%), Brasília (1,18%) e Salvador (0,87%). Os menores índices foram os de Recife (0,56%) e Belém (0,58%).

A inflação brasileira de 1,32% em março é a maior para o mês desde 1995 - menos de um ano após a implantação do real, em julho de 1994 e quando atingiu 1,55%. Considerando todos os meses, é o maior índice desde fevereiro de 2003, quando chegou a 1,57%. No trimestre, a taxa está em 3,83%, a maior para o período desde 2003, quando foi de 5,13%.

No acumulado em 12 meses, o IPCA, índice oficial, já avança 8,13%, bem acima do teto da meta do governo, de 6,5%, e a maior desde dezembro de 2003 (9,3%). No acumulado em 12 meses até fevereiro, o IPCA registrava alta de 7,7%. Em fevereiro, o IPCA havia ficado em 1,22%.

Para a coordenadora de preços do IBGE, Eulina Nunes, apesar da força na inflação do primeiro trimestre, as características deste início de ano são bem diferentes das observadas em 2003, quando o dólar foi a principal influência, principalmente por causa da instabilidade provocada pelo ano eleitoral. Apesar da alta do dólar registrada no início do ano, o câmbio ainda não é a influência principal sobre os preços.

"A característica do primeiro trimestre de 2003 tem pontos comuns com o deste ano, mas o perfil é diferenciado. Naquela época, foi uma mega desvalorização do real que influenciou os preços, por conta da instabilidade das eleições. A diferença é que lá, entre 2002 e 2003, esse peso do dólar foi bem maior, se fez muito mais evidente. A maior parte dos 5,13% do primeiro trimestre de 2003 se deveu ao dólar."



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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