O volume de vendas no comércio varejista do Estado de São Paulo caiu 15,4% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o ACVarejo, levantamento mensal realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Os números correspondem ao varejo ampliado, que inclui lojas de materiais de construção e concessionárias de automóveis. Na evolução mensal, houve recuo de 3,7% nas vendas frente a julho. Já a retração acumulada no ano é de 6,5% (janeiro a agosto).
Os resultados mostram uma intensificação na queda das vendas, refletindo a queda da renda e do emprego, além da contração e encarecimento do crédito. "Apesar deste aprofundamento, não devemos perder a esperança na recuperação. A exemplo de todas as crises que o país já enfrentou nos últimos 50 anos, sempre houve uma saída para os processos recessivos. O Brasil tem condições de superar este momento, apesar das múltiplas vertentes da crise, como superou outras talvez até mais graves no passado", diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Projeção do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), com base em indicadores antecedentes, indica que as vendas do varejo devem seguir em queda cada vez mais intensa até o primeiro trimestre de 2016.
Setores
No contraste com agosto de 2014, o ACVarejo mostra redução no volume de vendas de todos os nove setores considerados. As maiores quedas foram nas lojas de departamento, eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-22,7%), concessionárias de veículos (-22,2%), lojas de material de construção (-18,3%) e lojas de móveis e decorações (-15,4%) - itens cuja compra é, em geral, financiada com crédito.
Veículo: Jornal DCI