Atacadistas têm pequena recuperação

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A base de comparação mais fraca, observada a partir do segundo semestre de 2014, impulsionou o faturamento do segmento atacadista distribuidor em setembro, mantendo o ritmo de oscilação ao longo do ano. Houve crescimento de 0,44% na comparação com setembro de 2014, segundo dados nominais da pesquisa mensal divulgada ontem pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), apurada pela Fundação Instituto de Administração (FIA).

Na comparação com o mês de agosto, o crescimento foi de 4,35%. No acumulado do ano até setembro, ante o mesmo período do ano anterior, o faturamento apresentou retração de 1,83%.

"Os dados nominais refletem com mais propriedade o desempenho do setor atacadista distribuidor, que vem oscilando ao longo do ano. Ocorre que, pela dinâmica do negócio, com poucos reajustes de preços da indústria em períodos pré-determinados ao longo do ano, os repasses de eventuais aumentos para os preços dos produtos não são feitos de forma imediata. Os dados deflacionados levam em consideração uma variação de preço mensal, o que não é uma realidade para o atacadistaõ, esclarece, em nota, o presidente da Abad, José do Egito Frota Lopes Filho.

Em termos deflacionados, o faturamento mantém o ritmo de queda tanto na comparação anual quanto no acumulado do ano. Em setembro, houve recuo de 8,27% em relação ao mesmo mês de 2014 e de 9,59% ante janeiro a setembro de 2014. Na comparação mês a mês, entre agosto e setembro, o faturamento cresceu 3,79%.

"Os números do setor refletem as incertezas provocadas pela recessão que atravessa o País. Vivemos um período de baixíssima confiança do consumidor, uma das mais severas de todos os tempos. Estamos tendo que nos reinventar e buscar soluções criativas, contando com o apoio de toda a cadeia de abastecimento, para driblar a crise", afirma José do Egito.

Festas - A proximidade das festas de fim de ano traz, segundo o presidente da Abad, uma expectativa de reação numérica e pontual. Apesar de o varejo estar adiando ao máximo os pedidos e evitando a contratação de temporários, o Natal é um período de aumento natural do consumo.

"Esperamos alguma melhora nesse cenário bastante nebuloso. O setor atacadista prevê, com os resultados de fim de ano, um desempenho estável neste ano. Diante do atual cenário, será uma vitória empatar com o ano anterior", observou o presidente da Abad.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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