O varejo amazonense registrou crescimento de 1% nas vendas na passagem de maio para junho e de 1,4% na receita nominal, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nessa terça-feira (9).
Apesar da sequência de três aumentos mensais em 2016, em relação a junho de 2015, as vendas sofreram queda de 12,4%, a 19ª taxa negativa consecutiva nessa comparação. E no acumulado de janeiro a junho, a queda foi de 12,6%.
De acordo com o instituto, a retração em relação a junho do ano passado foi menor do que as registradas nos meses de maio (-15,1%) e abril (-14,8%), no mesmo comparativo. No acumulado nos últimos 12 meses a taxa de retração foi de 10,6%, considerada a maior da série iniciada em 2001.
Com melhor desempenho, a receita nominal de vendas do varejo, em junho de 2016, foi menor 2,0% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus), Ralph Assayag, disse que o crescimento registrado na passagem de maio para junho não faz sentido porque para os comerciantes o que conta é comparativo com o mesmo mês do ano anterior, a evolução semestral e anual.
“Nenhum lojista faz comparação com mês anterior, porque as datas são diferentes, há feriados em um que o outro não tem. Para nós a comparação tem que ser com o mês do ano anterior”, disse.
Conforme a CDL-Manaus, o recuo no semestre foi de 0,38%, considerado o pior da série dos últimos cinco anos, segundo Assayag. O número bem diferente do IBGE foi levantado a partir do percentual colhido com, aproximadamente, 3 mil lojistas, de um universo de 4 mil empresas que somam 7 mil lojas. “O nosso Estado cresceu nos últimos cinco anos, mas neste ano, diferente dos outros Estados que já cresceram 1%, nós diminuímos um ponto”, apontou.
Para o segundo semestre, o dirigente da CDL-Manaus aposta em crescimento em torno de 2%, porque segundo, o comércio já começou a fazer o seu dever de casa.
“Amanhã inauguramos mais um shopping, e aí teremos mais empregos. Esperamos que outros empresários abram novas lojas, porque nós só vamos conseguir sair da crise se geramos empregos. Hoje até percebemos uma paralisação das demissões. Hoje só são demitidos para substituição”, disse Assayag.
Ampliado
No varejo ampliado (inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção), o IBGE apontou que a variação em relação a junho de 2015 foi retração de 12,5% para o volume, também com menor intensidade em relação dois meses anteriores (abril –15% e maio –15,5%).
Fonte: Jornal Em Tempo