São Paulo - Depois de meses em um movimento de contração, o varejo paulista apresentou, em julho, alta de 2,2%, na comparação interanual, faturando R$ 46 bilhões. O avanço, no entanto, não se mantém no acumulado do ano, e se deu em cima de um mês já recessivo no País.
"Iremos verificar nos próximos meses aumentos nos indicadores de vendas, e isso dará a sensação de que as coisas melhoraram, mas o cenário não é tão simples, já que o segundo semestre de 2015 foi o pior da história recente do comercio nacional", apontou o especialista em varejo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Jaime Santos Paschoal.
Segundo o levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), no acumulado do ano houve retração de 1,8%, e em 12 meses, a queda foi de 5,5%.
Das nove atividades pesquisadas, cinco tiveram crescimento em junho na comparação com o mesmo mês de 2015. Os destaques positivos ficaram por conta dos setores de farmácias e perfumarias (10,2%), supermercados (6%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (5,7%) e outras atividades (4,3%), que juntos, colaboraram com 4,1 pontos percentuais (p.p.) para o resultado geral. Já os setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-11,5%), lojas de móveis e decoração (-9%), concessionárias de veículos (-6,8%) e de materiais de construção (-0,9%) foram os únicos que retraíram em junho.
Outro cenário na capital
Enquanto o Estado de S. Paulo viu aumento nas vendas, a Associação Comercial apontou retração de 5,3% do comércio em agosto na capital, na comparação interanual. Os desempenhos das comercializações a prazo e à vista foram semelhantes, com recuos de 5,4% e de 5,2%, respectivamente. No acumulado do ano, o setor já acumula queda de 10,2% ante ao período anterior.
Fonte: DCI