Faltando quatro meses para terminar o ano, inflação em BH já passa dos limites

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Faltando quatro meses para o fim do ano, a inflação acumulada em Belo Horizonte já ultrapassou, em agosto (6,8%), o teto da meta do Banco Central para 2016, que é de 6,5%.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na cidade foi de 0,19% no mês passado. Em julho, a variação tinha sido de 0,10%, o que aponta uma leve acelerada em agosto. Os itens de alimentação – com variação de 1,6% no mês – ainda permanecem como os de maior impacto, tendo contribuído com 0,25 ponto percentual no período.

Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) da UFMG.
“A inflação continua pressionando. No entanto, a variação dos últimos 12 meses mostra que devemos encerrar o ano com inflação menor que em 2015 (10,67%). Há percepção de desaceleração no acumulado nos últimos 12 meses (10,48%)”, afirma a coordenador de pesquisas do Ipead, Thaize Martins.

Cesta básica

O feijão, um dos grandes vilões dos alimentos neste ano – com aumento de 114% desde janeiro – teve leve retração em relação ao mês de julho (-3,6%), mas ainda continua custando, em média, R$10,52 o quilo.

O item que mais impactou a cesta básica foi a banana caturra, com variação de 14,29% no mês. O preço médio foi de R$ 3,20 o quilo, seguindo a tendência de alta de 53,85% nos últimos 12 meses. Também houve aumento nos laticínios, com altas de 6,32% no leite, e 6,44% na manteiga, afetados ainda pela estiagem.

Por outro lado, o item que teve maior queda foi a batata inglesa, que caiu 10,83% em agosto, custando, em média, R$ 4,28, o quilo.

Tendência

Thaize lembra que os itens da cesta básica sofrem interferência dos períodos de entressafra e das questões climáticas, o que tornam difíceis previsões de longo prazo para alguns dos itens da cesta. De maneira geral, ela ainda vê possibilidade de aumento dos preços a partir de novembro, com as festas de fim de ano, que historicamente tendem a impactar itens como vestuário e alimentação.

“Alguns itens já sofreram interferência cambial neste ano, mas com a tendência de estabilização da cotação do dólar, é possível que o câmbio interfira menos até o fim do ano”, afirma.

Confiança do consumidor


O Ipead também divulgou o índice de confiança do consumidor, que busca medir as intenções de consumo em curto, médio e longo prazos. O índice vai de 0 (pessimismo total) a 100 (otimismo total). Em agosto, ele alcançou 34,33 pontos – o que representa ainda um quadro de otimismo. A pesquisa ouviu 210 pessoas na capital e tem margem de erro de 1,56 pontos no valor do índice geral.


Fonte: Hoje em Dia  


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