Dia das Crianças: crise deve afetar gastos

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Os gastos do consumidor com o Dia das Crianças deste ano não devem apresentar crescimento expressivo em relação aos do ano passado. Má situação financeira, endividamento, inflação alta e instabilidade econômica fazem com que os brasileiros não tenham intenção de gastar mais do que no mesmo período do ano passado. Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil mostra que 57,8% dos entrevistados pretendem gastar menos ou o mesmo valor com os presentes em relação ao ano passado. Os 28% que dizem esperar gastar mais têm como justificativa o aumento de preços dos produtos (31,2%). O valor médio total gasto será de R$ 221,61.

De acordo com o levantamento, 44,3% dos entrevistados pretendem comprar três ou mais presentes. Um terço (32,6%) ainda não sabe quanto vai gastar, mas a maioria pretende desembolsar entre R$ 101,00 e R$ 300,00. “A piora da economia ao longo do ano, com o aumento do desemprego, a inflação ainda elevada e o crédito mais restrito exerceram forte impacto sobre o consumidor, que já está com as finanças prejudicadas e tem que honrar os compromissos para não ficar com o nome sujo ou piorar a sua situação”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, em nota distribuída à imprensa.

Entre os entrevistados, 40,9% afirmam escolher os presentes sozinhos e 30,8% decidem em conjunto com a criança. Mas, para evitar gastos desnecessários, 81% declararam que vão realizar algum tipo de pesquisa de preços antes de efetuar a compra.

Neste ano, os produtos que aparecem no topo da lista da pesquisa estão roupas (42,8%), bonecos e bonecas (36,5%) e jogos educativos (24,8%). Em busca de melhores preços e promoções, a maioria dos consumidores (52,3%) têm preferência pelos shoppings Depois, aparecem as lojas de departamentos (32,3%), internet e lojas virtuais (25,5%) e lojas de rua (25%).


Queda -
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) estima que as vendas para o Dia das Crianças devem cair 5% na capital paulista em comparação com o ano passado. De acordo com a associação, o desemprego e a menor renda do consumidor seriam os motivos para o resultado.

Apesar disso, o presidente da associação, Alencar Burti, afirma em nota que o recuo é inferior às quedas mensais registradas neste ano. “É uma melhora para o varejo, embora o resultado ainda não fique no campo positivo”, avalia.

A dificuldade de vendas favorecerá as promoções, afirma. “As lojas estão liquidando estoques, o que vimos também nas outras datas comemorativas”, diz. Os principais produtos comercializados devem ser brinquedos, roupas e calçados. (AE)



Veículo: Diário do Comércio - MG


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