São Paulo - Em uma primeira previsão para o setor siderúrgico brasileiro no próximo ano, o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, avaliou ontem que espera crescimento no consumo aparente de aço da ordem de 5% ante 2016.
Embora as projeções da entidade ainda não tenham sido finalizadas, ele avaliou que um crescimento pode ocorrer em 2017, caso haja maior demanda do setor de infraestrutura.
Em 2016, até setembro, o setor registra queda de 20% no consumo aparente na comparação com 2015, mas a maior parte desse recuo ocorreu nos primeiros meses do ano, durante janeiro e fevereiro. A rede de distribuição, por sua vez, viu suas vendas caírem 5,4%, também entre janeiro e setembro, na comparação anual, o que Loureiro enxerga como resultado de um ganho de participação do canal distribuidor. Mantido o cenário atual da distribuição, a expectativa é de que 2017 poderia trazer uma retomada de crescimento, da ordem de 7%, nas vendas.
O cenário de 2016, porém, segue nebuloso. Depois de um começo de ano fraco, o presidente do Inda avaliou que as vendas tinham “parado de piorar” durante os últimos cinco meses, mas projeta um desempenho mais fraco para outubro. O Inda acredita que as vendas e as compras da rede de distribuição em outubro devam cair cerca de 2% ante setembro, depois de terem ficado relativamente estáveis em setembro ante agosto.
Em termos anuais, a expectativa do Inda para o mês atual representa um recuo de mais de 10% nas vendas, que atingiriam assim 246 mil toneladas. A demanda fraca de setores como autopeças e o de construção explicam a projeção ruim. Apesar disso, a possibilidade de alta de preços por parte das usinas em novembro pode acabar estimulando as vendas em outubro, diz Loureiro.
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas