Confiança do pequeno varejista volta a diminuir em dezembro

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São Paulo - Depois de dois meses seguidos acima de 50,0 pontos, demostrando maior confiança na economia, o Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços (MPEs) voltou a recuar no mês passado. O índice é calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na comparação entre novembro e dezembro de 2016, o indicador passou de 50,2 pontos para 48,9 pontos, em uma escala que varia de zero a 100. Quanto mais próximo de 100, mais otimistas estão os empresários e quanto mais próximo de zero, menos confiantes eles estão. Na variação anual com dezembro do ano passado, o dado saltou de 40,0 pontos para os atuais 48,9.

 



Investimentos
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a confiança dos empresários é um indicador muito importante a ser analisado no momento atual, por ser um componente essencial para a retomada econômica. "A confiança ainda está longe de ser satisfatória e parece não encorajar o investimento, como apontam outros indicadores. É ela que pode induzir o investimento por parte das empresas, gerando empregos e estimulando o consumo, hoje em baixa por causa da recessão", avalia Pinheiro.



"No entanto, a consolidação da melhora da confiança dos empresários depende de cenários que ainda são fontes de incertezas: novas instabilidades políticas, avanço das reformas debatidas no Congresso e um ambiente externo favorável". O Indicador de Confiança é baseado nas avaliações dos micro e pequenos empresários sobre as condições gerais da economia brasileira e do ambiente de negócios, além das expectativas para os próximos seis meses tanto para a economia como para as empresas.



A avaliação da economia é o pior de todos os componentes que integram o Indicador. Em termos percentuais, 66,2% dos micro e pequenos empresários acreditam que a situação da economia piorou nos últimos três meses e 53,9% consideram que a situação do seu próprio negócio passou a enfrentar dificuldades neste mesmo período considerado, sendo o principal motivo mencionado a queda das vendas devido a crise econômica (69,8%).



"A melhora do desempenho da economia deverá ser gradual. Se confirmada a continuidade do processo de queda das taxas de juros, o recuo da inflação e o avanço de medidas importantes no Congresso, a confiança dos empresários pode aumentar e engajar o investimento, abrindo um novo ciclo de crescimento positivo da economia", afirma Pinheiro.



Mesmo diante de um retrospecto ruim, tanto da economia quanto dos negócios, as expectativas para o futuro apontam para uma melhora. Em dezembro, o subindicador de Expectativas alcançou 60,9 pontos, acima do resultado observado no mesmo mês do ano anterior, quando registrara 50,3.

 



Da redação



Fonte: DCI - São Paulo

 

 


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