Abilio diz que construção do seu papel no Carrefour tem que ser "aos poucos"

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Empresário explica que sua entrada na rede francesa tem como objetivo "fazer o jogo global"

 


SÃO PAULO - O empresário Abilio Diniz afirmou que considera que sua atuação no Grupo Carrefour globalmente está sendo construída "aos poucos". Questionado durante um evento do Credit Suisse, em São Paulo, sobre qual seria seu próximo sonho, ele comentou sobre como conseguiu aumentar seu papel no Carrefour, começando ao comprar uma participação na subsidiária no Brasil e chegando ao posto de terceiro maior acionista global.


O empresário comparou a forma como entrou no Carrefour com sua chegada à BRF, onde atua como presidente do Conselho de Administração. "Um negócio como esse do Carrefour é diferente porque, para a BRF, eu fui convidado. Já na França, eu quis avançar", contou. "Eu queria fazer o jogo global", disse.


Na sua resposta sobre seus sonhos, Abilio mencionou que os planos do Carrefour são de um IPO no Brasil. Ele comentou ainda que foi conquistando mais relevância no grupo na França a ponto de obter dois assentos no Conselho de Administração.


"Os sócios que tenho lá no Carrefour são de peso, são tradicionais", disse ele, citando os grupos franceses Arnault (do bilionário Bernard Arnault) e Motier (da família Moulin, dona da Galeries Lafayette). "A gente tem que construir as coisas com cuidado, é o que estamos fazendo", completou.


Abilio lembrou ainda que adquiriu suas ações tanto do Carrefour na França como da BRF comprando os papéis em bolsa. "Adoro corporação porque hoje estou feliz lá. No dia em que não estiver mais, eu saio", disse.


O empresário considerou ainda que corporações (termo comumente usado para se referir a companhias de capital pulverizado e sem controlador) precisam de uma "referência". Ele considerou que hoje essa referência já existe na BRF. "No Carrefour, começarmos a dar essa referência e acho isso fundamental", concluiu.


Ainda sobre a BRF, Abilio disse que sair do setor de varejo para a indústria foi um desafio, mas considerou que a mudança "deu certo". Ele ainda mencionou que, ao ser convidado para atuar no conselho da companhia de alimentos, decidiu comprar ações no mercado como forma de ter uma remuneração. "Acionistas que estavam lá me convidaram e comprei ações para me remunerar porque o que eles me pagam pelo Conselho de Administração... Eu acho que valho mais do que isso", afirmou, arrancando risos do público.


Estadão Conteúdo


Fonte: DCI - São Paulo

 

 


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