São Paulo - Mesmo com a previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) no País não cresça mais que 0,5% neste ano, o varejo já começou a dar sinais de melhora. Pelo menos é o que aponta o chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Carlos Thadeu de Freitas
Segundo o especialista, o comércio deve ter um ano melhor que os dois últimos, dado a percepção de recuperação ao longo de 2017, estimulada pela queda dos juros e melhora da renda real, resultado do recuo da inflação.
Para Carlos Thadeu, que já foi diretor do Banco Central (BC), o primeiro trimestre do ano deve ser ainda fraco para o comércio, com estabilidade ou até queda sobre o quarto trimestre do ano passado.
Segundo ele, as vendas no varejo no Carnaval ainda deve ser um dos mais fracos dos últimos anos, refletindo a renda em baixa, o desemprego e a inadimplência elevada, resultado de uma combinação de políticas monetária, fiscal e cambial ainda contracionistas. "Não podemos ser eufóricos com recuperação rápida por inconsistências herdadas", disse, a despeito das expectativas muito exaltada de part do varejo.
Papel do governo
Thadeu defendeu ainda que o BC intensifique a queda dos juros, avaliando que uma redução de 1 ponto percentual já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ajudaria a acelerar a recuperação da economia. Para ele, a preocupação agora do BC tem que ser atividade econômica, já que o problema da inflação, pondera, está resolvido. Ele prevê a Selic em 9% no fim do ano, mas endossa que o ciclo poderia ser antecipado, reforçando a volta do crescimento.
Da redação
Fonte: DCI - São Paulo