São Paulo - O primeiro mês do ano foi positivo para o consumidor: a cesta básica da cidade de São Paulo apresentou uma queda de 1,30% . Em comparação com dezembro de 2016, a cesta custava R$ 671,13 ante R$ 662,38 no mês de janeiro .
Esses são dados da pesquisa da Fundação Procon-SP, em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta quarta-feira (15). Ela considera o padrão de renda de uma família de quatro integrantes. Analisada diariamente em 70 supermercados no município, a pesquisa avaliou 39 produtos, dividindo os índices por grupos. Higiene pessoal foi o segmento que apresentou a maior queda, com uma variação negativa de 2,68% em relação ao período citado. Por produto, o que mais subiu foi o sabão em pó, com um aumento de 7,84%. Já, entre os alimentos, a batata facilitou a economia, com variação de -16,28%. Feijão e ovos também tiveram redução de valores.
De acordo com a Supervisora de Pesquisa do Procon- SP, Cristina Martinussi, os produtos variam seus valores por conta de fatores como influência climática, de exportação e importação, questões sazonais, excesso ou escassez de oferta ou demanda, preços das commodities, variações cambiais, desonerações de tributos, entre outros. Cristina também aponta que a crise financeira contribuiu para a queda de valores dos produtos.
O diretor do Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, ressalta que os alimentos, grandes vilões do ano passado, estão mais acessíveis para a compra por conta da situação climática favorável no último mês e pelos métodos de produção. "Os alimentos representam mais de 80% da cesta básica, é um aspecto positivo já que reduzindo o preço destes, o consumidor compra outras coisas", afirma.
Solimeo prevê que os valores dos alimentos continuem a cair por conta da inflação destes em 2016. "A safra agrícola está positiva, produtos antes afetados pela seca estão em condições melhores. O feijão subiu tanto em 2016 que a queda esse ano é mais acentuada, o mesmo vale para a batata", conclui.
Beatriz Boturão
Fonte: DCI - São Paulo