São Paulo - Os filhos terão que desembolsar mais no próximo Dia das Mães, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE). Dentre as 27 opções de presentes, em produtos e serviços selecionados para a pesquisa, houve um aumento médio de 4,76% entre maio de 2016 e abril de 2017.
O percentual deflagrado ficou acima da inflação acumulada no período comparado (4,17%). De acordo com o coordenador do IPC do FGV/IBRE, André Braz, a alta teve 'rigidez maior' nos serviços: "Praticamente metade da cesta fica com bens duráveis e a outra com serviços. Bens duráveis, como o crédito está difícil e a demanda fraca, não subiram tanto", afirma.
Entre os serviços, cuja média de aumento foi de 6,41%, nenhum registrou um reajuste abaixo da inflação, sendo que itens como teatro (36,66%), show musical (9,79%) e cinema (6,91%) foram os que mais contribuíram para a elevação.
Para economizar nestes itens, Braz indica estar atento às promoções de sites de compras coletivas: "É uma dica que não pode sair do radar, mas tem que ser visto com antecedência", destaca o economista.
Já entre os itens demandados como presentes, os que mais subiram de preço foram: perfumes (7,92%), ventiladores (7,45%) e liquidificadores (7,28%). Em contrapartida, celulares (-4,05%), roupas (-1,27%) e máquinas fotográficas (-0,12%) apresentaram recuo em seus preços.
Empate é vitória
A expectativa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) é de que neste Dia das Mães o varejo apresente um desempenho muito próximo ao de 2016. Para a entidade, roupas, calçados e acessórios da moda Outono-Inverno deverão ter peso importante na performance do comércio. "As vendas deverão ficar no empate com o ano passado, com possibilidade de ligeira variação positiva ou negativa, a depender de fatores como temperatura, atratividade das promoções e uso do FGTS", diz Alencar Burti, presidente da ACSP.
Outra entidade, a FecomercioRJ, prevê que a data movimente R$ 10 bilhões e mais de 72 milhões de brasileiro saiam às compras.
Fonte: DCI São Paulo