São Paulo - Após dois anos seguidos de quedas expressivas no primeiro trimestre, o mercado de tablets diminuiu a retração neste ano no período, para 8%, e tende a estabilizar as vendas daqui para a frente, diz o IDC.
Em 2015 as vendas de janeiro a março tinham recuado 20%, para 1,7 milhão de unidades, e em 2016 a queda tinha sido ainda maior, de 53%, fechando o período com 836 mil aparelhos vendidos. Já este ano, a baixa foi consideravelmente menor, de 8%, atingindo a marca de 770 mil equipamentos vendidos.
O resultado do estudo IDC Brazil Tablets Tracker, realizado pela consultoria IDC Brasil, aponta, segundo a empresa, para uma tendência de estabilização nos próximos meses. Entre janeiro e março deste ano a receita total do mercado de tablets foi de R$ 370 milhões, 28% a menos que no mesmo trimestre de 2016.
"Nos últimos dois anos, o mercado de tablets caiu principalmente por conta da alta do dólar, do crescimento dos smartphones com telas maiores e da saída de muitos fabricantes do País. No primeiro trimestre deste ano, notamos um mercado mais estabilizado, com empresas atendendo bem a demanda que existe no setor infantil, por exemplo. Por isso, a queda foi bem menor do que a dos anos anteriores", avalia o analista de mercado da IDC Brasil, Wellington La Falce.
Já a queda na receita se deve ao fato dos fabricantes terem diminuído os preços, para compensar o movimento que costuma ser fraco para o segmento no primeiro trimestre. "O tíquete médio dos tablets em 2016 era de R$ 615 e, em 2017, passou para R$ 485", diz.
A previsão do IDC para 2017 é que 3,7 milhões de dispositivos sejam comercializados - queda de 7%, frente a 2016. "A tendência é que o mercado estabilize e volte a apresentar números positivos no segundo semestre, com a chegada de datas importantes para o segmento como Dia das Crianças, Black Friday e Natal", conclui.
Fonte: DCI São Paulo