OCDE vê crescimento global em máxima de 6 anos e expansão do Brasil em 2017

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Paris - A economia global está a caminho de registrar neste ano a expansão mais forte em seis anos uma vez que o comércio ajuda a compensar o cenário mais fraco nos Estados Unidos, projetou a OCDE nesta quarta-feira, que ainda passou a ver a crescimento do Brasil em 2017.

 

A economia global deve crescer 3,5 por cento este ano e 3,6 por cento em 2018, de acordo com estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ao atualizar suas projeções feitas em seu relatório Cenário Econômico.


Essa estimativa para 2017 representa não apenas uma ligeira melhora na comparação com a projeção de março de crescimento de 3,3 por cento, mas também seria o melhor desempenho desde 2011.

Para o Brasil, a OCDE passou a ver um crescimento de 0,7 por cento este ano depois de projetar estabilidade anteriormente, e também melhorou a perspectiva para o ano que vem em 0,1 ponto percentual, para 1,6 por cento.


Mas apesar do cenário global melhor, o crescimento ficará abaixo das taxas vistas antes da crise financeira de 2008-2009, destacou o secretário geral da OCDE, Angel Gurria.

"Tudo é relativo. O que eu não gostaria que fizéssemos é comemorar o fato de que de que estamos passando de muito ruim para fraco", disse Gurria em entrevista.


"Não significa que temos que nos acostumar com isso ou viver com isso. Temos que continuar nos empenhando para fazer melhor", acrescentou.

Embora a recuperação do comércio e dos fluxos de investimento sustente a melhora do cenário econômico, Gurria disse que barreiras na forma de protecionismo e regulações precisam ser suspensas para garantir uma expansão mais forte.


A melhora também não será suficiente para satisfazer as expectativas das pessoas de melhores padrões de vida e para reduzir a desigualdade de renda, disse ele.

A OCDE vê melhora do cenário global mesmo tendo reduzido suas estimativas para os Estados Unidos, ainda que o dólar mais fraco tenha ampliado as exportações e os cortes de impostos sustentem os gastos das famílias e o investimento empresarial.


A organização projeta crescimento dos EUA de 2,1 por cento este ano e de 2,4 por cento no próximo, contra estimativas em março de 2,4 e 2,8 por cento respectivamente.


A economista-chefe da OCDE, Catherine Mann, atribuiu essa redução a atrasos no avanço pela administração Trump dos cortes tributários planejados e nos gastos com infraestrutura.

O cenário mais fraco para os EUA foi compensado por perspectivas ligeiramente melhores para a zona do euro, Japão e China.



Fonte: Reuters


 


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