PIB do agronegócio recua 0,85% em Minas Gerais

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Após encerrar 2016 com crescimento de 8,41%, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de Minas Gerais apresentou retração de 0,85% no primeiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Com base nos dados coletados entre janeiro e março, o PIB do agronegócio mineiro, para 2017, foi estimado em R$ 208,4 bilhões, ante o valor de R$ 210,19 bilhões registrados em 2016. Neste ano, o resultado negativo tem sido provocado pela agricultura, que recuou 2,33% no primeiro trimestre. Já a pecuária apresentou aumento de 0,99%. Do valor total estimado do PIB, R$ 113,55 bilhões ou 54,49% serão provenientes da agricultura e R$ 94,85 bilhões ou 45,51% do setor pecuário.

 

Apesar do resultado negativo verificado nos primeiros três meses de 2017, a expectativa é que ao longo do ano ocorra a recuperação do PIB do agronegócio de Minas. O que seria promovido tanto pelas perspectivas de um crescimento de 0,5% no PIB brasileiro quanto pela estimativa de redução da inflação, o que contribui para a melhoria do poder de compra da população e aumento do consumo de alimentos.

 

"A expectativa é de que até o final o ano ocorra uma ligeira recuperação do PIB do agronegócio, que continuará crescendo e contribuindo positivamente para a economia do País. A expectativa de recuperação se deve aos bons sinais da economia brasileira, como a previsão de um PIB brasileiro positivo, ainda que pequeno. Por sermos um setor produtor de alimentos, os reflexos de um cenário mais positivo são sentidos pelo agronegócio", explicou a coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso.

 

O PIB do agronegócio, em março recuou 0,27%. No período, dentre os segmentos que compõem o setor, apenas o segmento de insumos apresentou alta, 1,42%. No segmento primário houve uma pequena retração de 0,02%, seguido pela queda de 0,87% na indústria e 0,39% em serviços. O resultado trimestral mostra queda 1,88% na indústria, de 1,02% em serviços e de 0,45% no primário. Em insumos, a alta foi de 2,04% no período.

 

Agricultura

A atividade agrícola apresentou queda de 0,9% em março e de 2,33% no primeiro trimestre, com a produção do ano avaliada em R$ 113,55 bilhões. Considerando o resultado acumulado no primeiro trimestre de 2017, somente insumos manteve o resultado positivo de 2,3%. Para os demais, os recuos no trimestre foram de 2,65% no setor primário, de 2,53% em serviços e 2,49% na indústria.

 

"O resultado negativo foi influenciado pela menor produção e pela queda de preços do café, produto que tem peso significativo na produção do setor e composição do PIB. Além disso, importantes commodities (milho e soja) apresentaram depreciação nos preços provocada pela produção bem maior", disse Aline.

 

No segmento primário da agricultura, a média ponderada dos produtos acompanhados pelo Cepea apresentou queda real de 8,46% na comparação com primeiro trimestre de 2016. Quanto à produção, a estimativa para o ano é de queda de 0,99%. O café encerrou o trimestre com recuo de 16,94% no faturamento, devido à retração de 14,58% na produção e de 2,76% nos preços.

 

Também apresentaram recuo no faturamento a batata-inglesa (73,7%), o tomate (48,18%), o feijão (39,62%), a banana (11,57%), carvão vegetal (11,02%) e a soja (5,39%).

No período, houve aumento no faturamento da mandioca (102,22%), laranja (52,44%), cana-de-açúcar (23,29%), algodão (12,79%), arroz (4,59%) e milho (4,55%).

 


Fonte: Diário do Comércio de Minas


 


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