As vendas do comércio varejista brasileiro recuaram 0,1% em maio frente ao mês anterior (com ajuste sazonal), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12). Contudo, em relação a maio de 2016 o varejo cresceu 2,4% (sem ajuste sazonal), a segunda alta seguida nesta base de comparação.
Em abril, as vendas haviam tido o melhor resultado para o mês em 11 anos, com avanço de 1,0% frente a março.
"O volume de varejo se mantém estável, mas em um patamar abaixo de índices registrados no passado. Há margem para recuperação, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido", afirma Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
A principal contribuição para o avanço frente a maio de 2016, período de comemoração do Dia das Mães, veio do setor de móveis e eletrodomésticos. Segundo o IBGE, a dinâmica das vendas desse segmento, em maio de 2017, pode ser associada à "redução da taxa de juros às pessoas físicas e a recomposição da massa de rendimentos reais habitualmente recebidos".
A alta de 5% no setor de tecidos, vestuário e calçados também ajudou, com a maior contribuição positiva frente a maio do ano passado. "A comemoração do Dia das Mães, com impactos positivos particularmente nas vendas desse setor, contribuiu para um avanço no volume de vendas acima da média geral", afirma o IBGE.
No acumulado de 2017, a atividade do varejo acumula queda de 0,8%. Já nos últimos doze meses, a atividade do varejo recua 3,6% até maio. Segundo o IBGE, isso sinaliza um ritmo de queda menor desde outubro de 2016, quando houve recuo de 6,8%.
Categorias na comparação com abril
Na queda de maio frente a abril, quatro atividades recuaram, com destaque para tecidos, vestuário e calçados (-7,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,5%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,8%).
Entre os quatro setores que ampliaram as vendas neste mês, destacaram-se hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%); móveis e eletrodomésticos (1,2%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%); e combustíveis e lubrificantes (0,6%).
Varejo ampliado
O comércio varejista ampliado, que inclui além do varejo as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou queda de 0,7% sobre abril no volume de vendas, na série com ajuste sazonal.
Em relação a maio de 2016, o varejo ampliado cresceu 4,5% tanto para o volume de vendas, quanto para receita nominal de vendas. Nos resultados acumulados, houve queda de 0,6% no ano e de 5,2% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas.
Fonte: Portal de Notícias G1