Após participar de almoço na editora Abril, na capital paulista, Meirelles disse ver em mais de 50% a chance de a proposta de mudança nas aposentadorias passar até o fim do ano no Congresso e reafirmou que ela deverá avançar junto com a reforma tributária, próxima frente a ser atacada pelo governo.
"Vai haver debate grande. É controverso, mas é importante para o País que o problema seja enfrentado. Não adianta não fazer agora e ter que fazer daqui dois anos, ou fazer uma reforma muito mitigada, podendo ter que fazer outra depois", comentou o ministro da Fazenda.
Meirelles disse também trabalhar com a perspectiva de aprovação da nova taxa de juros cobrada do BNDES, a TLP, que visa eliminar os subsídios implícitos nos financiamentos do banco. Ele adiantou ainda que a proposta do novo Refis deve caminhar na Câmara em uma ou duas semanas.
O novo Refis, no qual o governo espera levantar R$ 10 bilhões, e a reoneração da folha de pagamento, junto com a relicitação das hidrelétricas da Cemig, dão, conforme Meirelles, segurança de que o governo conseguirá cumprir com as metas fiscais anunciadas há pouco tempo.
O ministro garantiu que aumentos de impostos estão fora de cogitação no momento.
Ausência de encontro Brics
Meirelles permanecerá no País em vez de acompanhar o presidente Michel Temer, na reunião de cúpula dos Brics, que reunirá os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul de 3 a 5 de setembro, na cidade chinesa de Xiamen.
Segundo a assessoria do ministro, ele ficará para acompanhar uma "série de questões que exigem sua presença", como as negociações com o Congresso sobre propostas do Refis, da reoneração da folha de pagamentos e da reforma da Previdência.
Fonte: Estadão Contéudo