O mercado financeiro projeta que a economia, em 2017, teve um crescimento por volta de 1%, e que, neste ano, avance em torno de 2,7%, mostrou o relatório Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC).
Embora essas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) tenha se reduzido ligeiramente de uma semana para outra, o otimismo está maior do que há um mês, quando estavam em +0,91% no acumulado do ano passado, e +2,62% no final de 2018.
De qualquer forma, essas expectativas estão de acordo com a avaliação do próprio Banco Central: alta de 1% em 2017, e de 2,6% neste ano.
No caso da produção industrial – importante componente do lado da oferta do PIB –, a perspectiva dos analistas consultados pela autoridade monetária brasileira é de que tenha aumentado 2,25% no total do ano passado – na semana passada, a estimativa era de +2,04% –, e avance 3,14% em 2018 – contra +3,12% registrado no último relatório Focus.
Inflação e juros
Amanhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anuncia o fechamento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial – de 2017. A previsão dos analistas, conforme o levantamento do BC de ontem, é de que tenha variado 2,79%, abaixo do piso estabelecido para o ano passado. Em 2018, a projeção é de que suba 3,95%.
No mais recente Relatório de Trimestral de Inflação do Banco Central, a autoridade monetária projetava alta de 2,8% no IPCA de 2017, e de 4,2% para o final de 2018.
No chamado top 5 do Focus – instituições que mais acertam as estimativas – a mediana é de que a inflação tenha encerrado com variação positiva de 2,78% no ano passado, e com alta de 3,72%, neste.
Neste cenário, a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 7% ao ano, deverá continuar a recuar até atingir 6,75% em dezembro próximo, na mediana das perspectivas divulgadas ontem no Focus.
Setor externo
Outra estimativa positiva divulgada nesta segunda-feira, no âmbito internacional, é de que o Brasil em 2018 tenha a entrada de US$ 80 bilhões de investimentos estrangeiros, contra US$ 78 bilhões esperados para 2017.
Porém, o déficit da conta corrente deve ficar maior neste ano, ao passar de US$ 10 bilhões aguardados para o ano passado, a US$ 29,87 bilhões estimados em 2018.
Fonte: DCI São Paulo