A produção industrial brasileira surpreendeu e cresceu pelo terceiro mês seguido em novembro, com impulso no consumo de bens duráveis em meio à demanda de fim de ano, mas mostrou estagnação dos investimentos.
A produção avançou 0,2 por cento em novembro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, contra expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,1 por cento.
Em relação ao mesmo mês de 2016, a atividade avançou 4,7 por cento por cento na produção, sétima taxa positiva e acima dos 3,90 por cento esperados por ecomomistas.
"Esses três meses são identificados com uma produção maior de intermediários e duráveis para atender à demanda de fim de ano", explicou o economista do IBGE André Macedo. "(Há) recuperação mais lenta e gradual da indústria", completou.
Segundo o IBGE, entre as categorias, a de Bens de Consumo Duráveis registrou aumento de 2,5 por cento em novembro sobre o mês anterior, enquanto bens intermediários subiram 1,4 por cento.
Por outro lado, a categoria de Bens de Capital, uma medida de investimento, interrompeu a série de resultados positivos que vinha desde abril e mostrou estagnação.
Entre os 24 ramos pesquisados, 12 cresceram, com destaque para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+6,5 por cento) e metalurgia (+2,2 por cento).
A indústria no país é favorecida pelo ambiente de inflação e juros baixos, o que acaba estimulando o consumo. A confiança do setor terminou 2017 na máxima em quase quatro anos devido ao maior otimismo com o futuro, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Fonte: Reuters