Alta dos combustíveis afeta preços ao consumidor nas sete principais capitais

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A entressafra da cana-de-açúcar e a alta dos combustíveis – em virtude do repasse da elevação dos preços do petróleo no mercado internacional pela Petrobras – influenciou outros valores de produtos ao consumidor nas 7 principais capitais brasileiras.

 

“No ano passado, o aumento do imposto sobre combustíveis foi um principal fator de impacto. A gasolina teve alta de 11,24%, e o diesel, de 11,27%, esse último com mais impacto indireto nos preços ao consumidor. Mas a entressafra da cana também influencia por causa do álcool anidro hidratado que entra na composição da gasolina comum. O etanol subiu 2,96% no ano”, disse economista e coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz.

 

Em Salvador, a tarifa de taxi de táxi subiu 28,39% na quarta semana de dezembro; em Recife, o custo desse transporte também ficou 14,80% mais caro; e na cidade do Rio de Janeiro, a tarifa de táxi também aumentou 16,20% no mesmo período.

 

Os preços da gasolina também pesaram em São Paulo (+2,95%), Brasília (+2%), Belo Horizonte (+2,71%), e no Rio de Janeiro (+2,69%). Na mesma toada, o valor do etanol também teve aumento de 6,64% em Belo Horizonte, e de 5,03% em São Paulo. Na capital paulista, o valor do botijão de gás de cozinha de 13 quilos ainda subiu 2,78%. Na média, o IPC-S nas 7 principais capitais ficou em 0,21% na última semana de dezembro. Mas, no acumulado do ano de 2017, o índice fechou em 3,23%, acima da previsão de 2,78% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

No detalhe, São Paulo registrou 2,79% no acumulado do IPC-S de 2017; seguido por Belo Horizonte (+2,97%), Porto Alegre (+3,33%), Rio de Janeiro (+3,44%), Salvador (+3,74%), Brasília (+3,49%) e Recife com inflação de 4,89%.

 

Ao mesmo tempo, os gastos com a alimentação ainda seguraram uma alta maior dos preços. Na última semana do ano, por exemplo, o valor do pão francês recuou 2,30% e do feijão carioca baixou 10,17% em Brasília. Porém, pagaram mais pela banana prata (21,05%) e por biscoitos (12,8%).

 

No Sudeste, o destaque foi o valor da manga, queda de 23,91% em Belo Horizonte, e de 14,64% em São Paulo, o motivo está relacionado a sazonalidade da produção, a manga é colhida nessa época.

 

Também graças à produção agrícola, o preço do tomate recuou 14,63% e o da batata inglesa diminuiu 9,15% em Porto Alegre. A capital gaúcha também registrou uma redução de 5,80% na carne moída.

 

Mas por outro ângulo, as tarifas de energia residencial ficaram mais elevadas em Porto Alegre (+5,99%), enquanto outras metrópoles tiveram redução desse custo: Rio de Janeiro (-3,14%), Salvador (-6,23%), Recife (-4,42%), Brasília (-6,62%), Belo Horizonte (-8,99%) e São Paulo (-1,23%).

 

Tarifas de transportes

 

Para as duas primeiras semanas de janeiro, o IPC-S deverá registrar o impacto do aumento das tarifas de transporte público (ônibus, trens e metrô) nas principais metrópoles. “O aumento do diesel tem efeito sobre os reajustes do ônibus urbano e do frete para escoamento agrícola”, diz Braz.

 

Mas o economista aponta que a “bandeira verde” na energia residencial poderá minimizar os efeitos dos aumentos do transporte público e dos gastos com educação.

 

Fonte: DCI São Paulo

 

 


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