Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), divulgado ontem (9), avança 17 pontos em 2017 e sinaliza tendência de recuperação do mercado de trabalho ao longo dos próximos seis meses. Cenário atual, porém, ainda é caracterizado pela informalidade.
"O IAEmp segue refletindo o grande otimismo quanto à recuperação da atividade econômica no País. O índice reflete a expectativa de melhora dos negócios e planos de contratação das empresas nos próximos meses. O elevado nível do índice [107 pontos] indica que a geração de postos de trabalho deve avançar ainda mais durante este ano.", afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV IBRE, por meio de nota.
De acordo com a FGV, em dezembro o IAemp subiu 3,1 pontos na comparação com novembro, seis dos sete indicadores que o compõem o indicador aumentaram, com destaque para a Sondagem da Indústria de Transformação (alta de 9,1 pontos).
Contudo, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) – que mede a situação atual – também avançou pelo segundo mês consecutivo, ao variar 1,7 ponto, para 100,3 pontos. Apesar de que no acumulado de 2017 tenha recuado 3,3 pontos.
"Ainda que o nível do ICD esteja acima de 100 pontos, o resultado mostra que apesar da redução da taxa de desemprego, a situação do mercado de trabalho continua difícil. A taxa de desemprego se mantém na casa dos 12% e a geração de vagas continua ocorrendo predominantemente no mercado informal, retratando um mercado de trabalho ainda complicado para o trabalhador", analisou o economista da fundação, na mesma nota.
De acordo com dados oficiais do IBGE, o desemprego recuou no trimestre encerrado em novembro, mas puxado mais pelo o número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (alta de 3,8%), do que aqueles com carteira (estabilidade).
Fonte: DCI São Paulo