Os comerciantes brasileiros iniciaram 2018 mais otimistas, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 1,1% na passagem de dezembro para janeiro, para 110,1 pontos. Na comparação com janeiro do ano passado, houve aumento de 15%. "A melhora gradativa das condições econômicas, o recuo nas taxas de juros, a inflexão do mercado de trabalho e a trajetória favorável da inflação proporcionaram uma elevação da confiança do empresário no curto prazo", explicou Bruno Fernandes, economista da CNC, em nota.
O subíndice que mede a avaliação das condições correntes cresceu 1,7% em janeiro ante dezembro. Em relação a janeiro de 2017, o salto foi de 41,9%. Apesar da melhora, o componente continua na zona negativa (abaixo dos 100 pontos), aos 83 pontos.
Em janeiro, 43,6% dos comerciantes consideram o desempenho do comércio melhor do que há um ano e 37,4% dos entrevistados avaliam que a situação da economia está mais positiva.
O Índice de Expectativas do Empresário do Comércio aumentou 1,7% em relação a dezembro. Na comparação com janeiro de 2017, houve elevação de 5,9%. Aos 151,3 pontos, o componente permanece como o único subíndice da pesquisa acima da zona de indiferença. Na avaliação de 82,7% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos próximos seis meses.
O subíndice que mede as intenções de investimento do comércio aumentou 2,0% em janeiro ante dezembro. Na comparação com janeiro de 2017, a elevação foi de 11,8%, com destaque para o aumento da intenção de investir na empresa (+21%).
Considerando a perspectiva de melhor desempenho das vendas e contratações, houve maior intenção de contratar funcionários (+12,2%) do que em janeiro de 2017, assim como maior intenção de renovar os estoques (+3,8%).
Para 27,5% dos comerciantes consultados em janeiro, porém, o nível dos estoques está acima do que esperavam, embora essa proporção seja menor do que a apontada em dezembro (27,9%).
A CNC estima que o volume de vendas do comércio varejista ampliado - que inclui automóveis e material de construção - tenha crescido 3,9% em 2017 e registre expansão de 5,1% em 2018.
Fonte: Estadão Conteúdo