Após uma queda generalizada no comércio brasileiro em fevereiro, as vendas em março parecem ter recuperado o fôlego. Segundo balanço da Cielo, no terceiro mês do ano as vendas avançaram 3,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.
"Mesmo descontando o efeito do calendário, o resultado do mês de março mostrou que o varejo voltou a acelerar após a queda do ritmo verificado em fevereiro", disse o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.
De acordo com o ICVA, índice da empresa de meios de pagamentos Cielo, divulgado ontem, quando ajustado o efeito calendário, o índice deflacionado teve crescimento de 2,2%, uma aceleração ante alta de 1,5% de fevereiro.
“Já em termos nominais, número que reflete o que o varejista de fato observa na receita das suas vendas, o ICVA subiu 4,7% sobre março do ano passado”, completa ele. Na última semana de março, entre os dias 25 e 31, período que antecedeu a Páscoa o crescimento nominal foi de 4,2 % sobre um ano antes.
No primeiro trimestre, o ICVA registrou crescimento de 1,7% por cento em relação ao mesmo período de 2017, descontada a inflação. Em termos nominais, o índice teve alta de 3,2% na mesma análise.
"Nos últimos fechamentos de trimestre vínhamos destacando a recuperação principalmente no índice deflacionado, mas não tão forte no nominal, dado que a inflação estava caindo. Neste último trimestre, o número nominal já apresenta uma melhora mais visível", disse Mariotto.
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O crescimento em março na comparação anual foi puxado pelo bom desempenho dos setores de bens não duráveis e serviços, já que o comércio de bens duráveis e semiduráveis tiveram retração. Regionalmente, o destaque positivo foi o Sudeste, que teve a maior aceleração segundo o ICVA deflacionado com ajuste de calendário.
Já pelo ICVA deflacionado sem ajustes de calendário, o varejo ampliado na região Norte subiu 7%, seguido pelas regiões Sul (+5,4%) e Nordeste (4,5%). Ainda nessa métrica, as regiões Sudeste e Centro-Oeste tiveram altas de 2,6% e de 2%, respectivamente. Pelo ICVA nominal, o destaque foi a região Norte, que apresentou alta a de 7,1%. Sul e Nordeste vêm na sequência com altas de 6,5% e 5,6%.
Fonte: DCI São Paulo