Em comparação com o quarto trimestre do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) paulista do primeiro trimestre de 2018 apresentou um recuo de 0,5%, considerando a série livre de efeitos sazonais.
De acordo com os cálculos da Fundação Seade, o resultado é consequência do desempenho negativo de todos os setores: agropecuária (-2,4%), indústria (-1,2%) e serviços (-0,2%).
"A agropecuária apresentou esse resultado por causa da época do ano, a indústria também teve uma queda e os serviços caíram, apesar do crescimento muito leve do comércio. Então, todos os segmentos puxaram o dado para baixo. A economia como um todo deu uma derrapada. Não foi um setor específico, como na época da crise, que a indústria puxou o recuo", explicou o gerente de indicadores econômicos da Seade, Vagner Bessa.
Entre os meses de fevereiro e março deste ano, o recuo foi de 0,2%. O único setor que apresentou crescimento foi o de serviços, com 0,4%. Já a indústria e a agropecuária apresentaram reduções de 0,6% e 0,8%, respectivamente.
No entanto, houve crescimento de 2,3% nos 12 meses terminados no primeiro trimestre do ano. O Valor Adicionado elevou-se em 2,1% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios, 3,3%.
No acumulado dos últimos quatro trimestres, o resultado do Valor Adicionado deveu-se ao desempenho positivo da indústria (2,4%), da agropecuária (2,3%) e dos serviços (2%). No caso da indústria, a taxa negativa da construção civil (-2,8%) foi compensada pelo crescimento da indústria de transformação (3,9%) e da extrativa mineral (7,9%).
"Nessa base de comparação, há um crescimento. Mas quando usamos a medida do trimestre imediatamente anterior, temos o nível de atividade econômica mais imediata e o ritmo da retomada da economia está mais lento mesmo", esclareceu Bessa.
O PIB do Estado de São Paulo no primeiro trimestre de 2018 foi estimado em R$ 529,99 bilhões, sendo R$ 441,52 bilhões referentes ao Valor Adicionado e R$ 88,47 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.
"Na tendência anual, o PIB paulista continuará crescendo. Mas só vamos saber nos próximos meses, já que o cenário econômico está meio conturbado", completou o gerente de indicadores econômicos da Seade.
Fonte: DCI