São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) terminou maio com avanço de 1,38 por cento ante 0,57 por cento em abril, com forte aceleração da alta das matérias-primas brutas no atacado.
O dado divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,29 por cento na mediana das projeções.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60 por cento do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, acelerou em maio a alta a 1,97 por cento, ante 0,71 por cento em abril.
No IPA, as Matérias-Primas Brutas passaram a subir 3,32 por cento, ante 0,44 por cento em abril, principalmente por conta do avanço de 10,97 por cento do minério de ferro depois de queda de 9,53 por cento no mês anterior.
Já os Bens Intermediários subiram 2,6 por cento, ante 1,16 na leitura de abril, refletindo o salto de 10,35 por cento em combustíveis e lubrificantes para produção, sobre 5,32 por cento em abril.
Para o consumidor, a pressão foi menor com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30 por cento no índice geral, registrando avanço de 0,26 por cento no período, depois de subir 0,31 por cento em abril.
O movimento teve como principal contribuição os preços de Transportes, que recuaram 0,07 por cento ante alta de 0,32 por cento em abril, com destaque para a queda no etanol. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,30 por cento no mês, ante alta de 0,28 por cento em abril. O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
Fonte: Reuters