A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,06% na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em agosto, representando o quarto maior resultado mensal entre as 11 áreas pesquisadas no País. Os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que, na variação acumulada em 12 meses, houve aumento de 4,23% na RMBH e, no acumulado do ano, a alta foi de 3,52%.
O grupo Habitação apresentou a maior variação positiva no mês (1,46%), puxada, principalmente, pelo subitem energia elétrica residencial, que aumentou 5,08% em agosto, causando o maior impacto (0,20 p. p.) no índice no mês. Por outro lado, as reduções de preço mais expressivas em agosto foram da cebola (-32,87%), da passagem aérea (-32,65%) e da batata-inglesa (-19,19%).
O coordenador da pesquisa, Venâncio Otávio Araújo da Mata, ressalta que, apesar do aumento, a inflação em agosto é considerada baixa. “O aumento da energia elétrica teve um impacto grande, devido ao peso desse subitem na composição do índice geral, mas podemos dizer que a inflação foi baixa por cauda da queda de produtos do grupo de alimentação e bebidas”, afirmou.
Outros grupos que registraram variações positivas com aumentos acima da média em agosto foram Artigos de Residência (0,72%), Saúde e cuidados pessoais (0,30%) e Despesas Pessoais (0,22%). Já as menores variações foram dos grupos Transportes (-0,73%), Alimentação e bebidas (-0,50%), Vestuário (-0,33%) e Educação (-0,31%).
Acumulados – As variações positivas nos acumulados em 12 meses (4,23%) e do ano (3,52%) na RMBH em agosto são consideradas muito expressivas, principalmente se comparadas aos números de agosto de 2017, quando a variação no acumulado em 12 meses era de 2,68% e, no acumulado do ano, de 1,79%.
Segundo o coordenador da pesquisa do IBGE, os resultados acumulados de 2018 ainda são reflexos da paralisação nacional dos caminhoneiros, que ajudou a elevar o IPCA-15 em 1,37% em junho e em 0,74% em julho. “Boa parte desse resultado deve-se aos impactos da greve dos caminhoneiros, que influenciou as altas nos índices de junho e julho e também impactou os acumulados”, explicou Da Mata.
Fonte: Diário do Comércio de Minas